1º de Maio, Dia do Trabalhador: Pelo direito de lutar

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Nos últimos dias, a sociedade cearense deparou-se com a paralisação de diversos setores do serviço público, como forma de protesto dos trabalhadores que tiveram seus direitos aviltados. Tais ações quase nunca têm o apoio da população, que acaba sendo atingida pela suspensão de serviços e não compreende todo o processo que resultou naquele impasse.

É importante destacar, no entanto, que a greve é instrumento legítimo e necessário diante da ausência de negociação, e que não é justo que os sindicatos e seus dirigentes – fundamentais na organização e mobilização dos trabalhadores – sejam pressionados com pesadas multas que visam desestabilizar a luta dos trabalhadores.

No Ceará, os servidores públicos acumularam perdas salariais que ultrapassaram a marca dos 30%, segundo a série histórica de 2015 a 2023. Com isso, um terço do salário foi corroído pela inflação. Diante dessa realidade, os servidores continuam mobilizados e esperam que o governo retome as negociações, reconheça as perdas salariais e avance na pauta de reivindicações da campanha salarial.

É por essa razão que os sindicatos continuam sendo necessários, pois, desde a sua criação, têm exercido papel fundamental na organização da classe trabalhadora, atuando na negociação de grandes temas nacionais e lutando por uma sociedade justa e democrática.

Neste ano, o tema do 1º de Maio é “Emprego, Direitos, Renda e Democracia”. Dentre as pautas prioritárias, elencadas pelas centrais sindicais, estão a valorização do salário mínimo, o fim dos juros extorsivos, mais empregos e renda, igualdade de oportunidades e tratamento para mulheres e homens trabalhadores, aposentadoria digna, valorização dos servidores públicos e desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade.

Os trabalhadores têm o direito de lutar e conquistar,
pois somente a luta muda a vida!

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