O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20), remete ao dia em que Zumbi dos Palmares foi morto, em 1695. Ele foi o último líder do maior quilombo do período colonial e simboliza a luta contra a escravidão. A data, que é símbolo da luta do movimento negro, é reconhecida por decreto federal e feriado em mais de mil municípios brasileiros.
As cicatrizes da escravidão jamais serão apagadas, mas as medidas afirmativas implementadas em nossa legislação – após muita pressão de movimentos populares – vêm resgatando aos poucos a história da cultura negra.
A luta do movimento negro é ampla. É por maior representatividade e pelo combate ao racismo; pela implementação de cotas raciais para o ingresso em universidades e concursos públicos; por programas de trabalho que valorizem a trajetória de negros e negras; e por leis que permitam garantir a seguridade, a exemplo da chamada PEC das domésticas.
Hoje é dia de refletir sobre o racismo estrutural, ainda uma realidade em nosso país; dia de debater as questões centrais que mantêm esse processo de desigualdade entre brancos e negros, que se desdobram no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra mulheres.
O racismo está dentro das estruturas. Isto pode ser constatado na ausência de negros e negras em cargos de lideranças nas maiores empresas do Brasil. Este racismo estrutura a sociedade a partir da desvalorização e da restrição de oportunidades a pessoas negras.
Neste Dia Nacional da Consciência Negra, a Diretoria Colegiada do Sintaf reafirma que as vidas negras importam, sim, e que a melhor forma de amenizar a grande dívida social do nosso país com a população negra é combater toda forma de racismo, valorizar a cultura negra e lutar lado a lado do movimento negro por vida digna com educação, emprego e renda de qualidade.
Vidas negras importam!
#ChegaDeRacismo
