Crescimento no patrimônio de bilionários reacende discussão sobre taxação dos ‘super-ricos’

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Um levantamento realizado pela Oxfam revelou que no Brasil, durante a pandemia, a fortuna de bilionários cresceu 30% e no mundo, um bilionário surgiu a cada 26 horas. Ao todo, a riqueza desse grupo atingiu R$ 8,3 trilhões. A questão, somada ao fato desse dinheiro ser pouco tributado, reacendeu o debate em torno da taxação de grandes fortunas. Segundo um estudo do projeto Reforma Tributária Solidária, a tributação de grandes riquezas geraria mais R$ 37 bilhões em impostos ao país em apenas um ano.

A temática foi discutida no encontro virtual do Fórum Econômico Mundial. Durante a ocasião, 100 bilionários concordaram que deveriam existir tributações maiores para os “super-ricos”. Atualmente, tramitam no Congresso Nacional algumas propostas. Dentre elas, destaca-se a Emenda Substitutiva Global 178/2019, que, se aprovada, prevê redução da desigualdade e tributação progressiva de renda e patrimônio, com taxação de grandes fortunas e heranças.

Para Charles Alcantara, presidente da  Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), é um equívoco acreditar que a população de classes mais baixas será afetada pela tributação dos “super-ricos”. Para o dirigente, a crença precisa ser desmistificada. “Milionários e bilionários serão afetados. Em nada esse imposto afetará as classes mais baixas. Pelo contrário, taxar mais os mais ricos é o que permite reduzir a taxação dos mais pobres”, afirmou Alcantara.

 

Fonte: Jornal Opção

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