Tebet diz que inflação de abril virá baixa; a Bolsa sobe e o dólar cai

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A ministra do Planejamento antecipou-se ao IBGE, que divulgará sexta-feira, 12, o IPCA de abril. Galípolo diz que todo mundo quer a queda dos juros

Foi bom o dia de ontem para o mercado financeiro. A Bolsa brasileira B3 voltou a subir, fechando as operações com o Ibovespa ganhando 1,01%, chegando aos 107.113 pontos. E o dólar voltou a ser negociado abaixo dos R$ 5, encerrando o dia cotado a R$ 4,98.

Um dos motivos da nova alta da Bolsa B3 foi a declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet., que praticamente antecipou o IPCA do último mês de abril. Ela anunciou que “o mercado terá, brevemente, notícias positivas com a inflação brasileira”.
Como o IPCA será divulgado pelo IBGE na sexta-feira, 12, depois de amanhã, os investidores entenderam que a inflação de abril deverá vir abaixo do que o mercado está prevendo, e isto provocou um movimento de compra de ações de empresas que são sensíveis à taxa de juros, como as do varejo.

Tanto é verdade, que os papeis da rede de lojas Magalu valorizaram-se 6,98% no pregão de ontem, enquanto as da Via, que é a dona das Lojas Bahia, subiram 5,05%.

Além disso, também ajudaram a boa performance da Bolsa B3 no dia de ontem os balanços dos bancos, que vieram com números expressivos, e a recuperação dos preços do minério de ferro, o que causou a valorização das ações da Vale.

Outra informação que animou a Bolsa foi a divulgação, ontem, da ata da reunião do Copom, realizada na quarta-feira passada.

Ela assinalou que a taxa de juros Selic, que está cravada há oito meses nos 13,75% ao ano, não será reduzida, mas também não será elevada. Isto quer dizer que, na próxima reunião do Copom, em junho, a Selic permanecerá onde está, mesmo que a inflação de abril venha apontando para baixo, como antecipou a ministra Simone Tebet.

Mas a expectativa em torno da taxa de juros Selic permanecerá até que seja votada pelo Congresso Nacional a proposta de criação do novo arcabouço fiscal.

A proposta deverá ser votada e aprovada pela Câmara dos Deputados até o fim da próxima semana. O presidente da casa, deputado Artur Lira, havia prometido para hoje, dia 10 de maio, a votação da proposta, mas, como promessa de político não tem credibilidade, isso só se dará nos próximos 10 dias, e olhe lá!

Ontem, o economista Gabriel Galípolo, atual secretário Executivo do Ministério da Fazenda e indicado para ocupar a diretoria de Política Monetária do Banco Central, disse que deseja a queda dos juros, “mas esta é a vontade de todo mundo”.

Ele acentuou que os diretores do Banco Central não querem, nem do ponto de vista profissional, nem do ponto de vista pessoal, aumentar os juros.

Ontem, em Brasília, durante duas horas, o presidente Lula reuniu-se com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que hoje está no Ceará para assinar, às 10 horas, no Complexo do Pecém, dois acordos que serão celebrados pelo Porto do Pecém e pelo seu sócio holandês Porto de Roterdã.

Esses acordos tratam sobre o projeto de implantação do Hub do Hidrogênio Verde no Pecém e sobre a criação de Portos Verdes em que se transformarão Pecém e Roterdã.

Na conversa com o chefe do governo holandês, Lula tratou da Amazônia, para cujo desenvolvimento sustentável a Holanda contribuirá financeiramente. E, também, conversou sobre a guerra na Ucrânia.

Lula condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia e voltou a dizer que o Brasil está pronto e disposto a encontrar uma solução para o conflito.

A propósito: o assessor internacional do Palácio do Planalto, Celso Amorim, está em Kiev para uma reunião hoje com o presidente ucraniano, Volodomir Zelensky, que convidou o governo brasileiro a ajudar na busca do fim da guerra.

Fonte: Diário do Nordeste

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