Por Marina Barbosa sobre Distrito Federal
Coronel Tadeu (PSL-SP) destruiu placa de exposição sobre genocídio negro
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a atitude do Coronel Tadeu (PSL-SP) de quebrar uma das placas da exposição que falava sobre o genocídio da população negra no Congresso. Para Maia, a atitude do deputado do PSL não se encaixa com o papel da Câmara de representar a sociedade brasileira e não combina com uma sociedade democrática que pode resolver desentendimentos como esse através do diálogo. “Não é um dia que marca de forma positiva a nossa Casa”, lamentou Maia.
“O que aconteceu foi muito grave. Em uma democracia, em um país livre, não é porque nós divergimos da posição da outra pessoa que nós devemos agredi-la verbalmente, fisicamente ou retirar de forma violenta uma peça de uma exposição que foi autorizada pela presidência da Câmara”, lamentou Maia durante a sessão desta terça-feira (19), que acabou sendo tomada por manifestações contrárias e favoráveis à atitude do Coronel Tadeu.
Enquanto deputados da oposição criticavam a destruição da placa e reclamavam de racismo, representantes do PSL e da bancada da bala tentavam justificar o ato dizendo que a placa atavaca os policiais. Maia tomou, então, a palavra para dizer que tudo poderia ter sido resolvido de forma pacífica através do diálogo. “Nós vivemos em um país democrático e com diálogo tudo se resolve, principalmente no plenário da Câmara. Espero que um ato como esse, certamente num momento impensado, não se repita porque isso não é bom para uma casa que quer representar toda a sociedade”, reclamou o presidente da Câmara.
Ainda de acordo com Maia, a direção da Câmara vai analisar a atitude do Coronel Tadeu. O caso também foi levado à polícia legislativa pela oposição, que ainda promete apresentar uma representação contra o deputado do PSL no Conselho de Ética da Câmara. “Não é um dia que marca de forma positiva a nossa Casa. Esse é um dia em que deveríamos estar defendendo a inclusão dos negros na política e a igualdade de oportunidades e não agredindo um cartas que pode ser injusto com parte da política. Deveríamos ter resolvido isso com diálogo e não com agressão”, lamentou.
Após esse “sermão”, o Coronel Tadeu chegou a tentar minimizar a sua atitude. Antes disso, porém, ele já havia dito que estava feliz por ter quebrado a placa que no seu entendimento desrespeitava a classe policial.
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