PIB do agronegócio do CE vai subir de 6% para 10%, prevê Estado

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| PRODUÇÃO | Governo do Estado definiu meta para o setor até 2026. Fortalecimento da agricultura irrigada e de produção em estufas é um dos alvos, com investimento de R$ 40 milhões em projeto

O Governo do Ceará tem como meta subir a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de 6,2% para 10% até 2026. Para isso, aposta em fortalecimento de culturas irrigadas e de produção em estufas, segundo diz ao O POVO o secretário executivo estadual do Agronegócio, Sílvio Carlos Ribeiro.

O primeiro grande projeto em desenvolvimento deve ser inaugurado em breve, em Barbalha, é o Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido. A iniciativa prevê investimento de R$ 40 milhões em infraestrutura e deve ser replicada na Serra da Ibiapaba na sequência em terreno já reservado, após a obtenção de novos recursos.

As culturas de cultivo protegido são as grandes responsáveis pelo aumento da produtividade e do valor bruto de produção da agricultura cearense, tendo em vista as condições climáticas do Estado, já que nas estufas é possível produzir em qualquer época e com menor consumo de água.

O executivo do Estado destaca que, a maior área de produção de culturas de cultivo protegido fica na Serra da Ibiapaba. Ele pontua ainda que as experiências demonstram ainda que a qualidade dos produtos é superior e tem gerado empregos na região.
A principal finalidade do projeto, segundo Sílvio, é replicar a experiência exitosa com esse modelo de negócios em outras regiões, capacitando as pessoas. Algumas culturas novas devem ser beneficiadas por esse projeto com ganho de produtividade, o que é um meio para alcançar esse aumento de participação no PIB, além do desenvolvimento de novas culturas.

“Com o Centro de Tecnologia em Cultivo Protegido, em Barbalha, será construída uma estrutura de estufas, de laboratórios e de espaços de capacitação para produtores e profissionais da área”, explica.

Sílvio destaca que o setor de agronegócio do Ceará está muito motivado para 2023 porque temos o item fundamental para a produção, que é a água. Com chuvas abundantes nos últimos meses, a recarga dos reservatórios “está muito boa, além do previsto pelos órgãos de monitoramento”, o que motiva a produção na agricultura irrigada, o que incrementa o valor bruto da produção.
O secretário destaca que os segmentos que devem se beneficiar mais com essa boa quadra chuvosa são os de produção de alimentos, como o de frutas – o que deve impactar positivamente as exportações.

Outros que devem continuar crescendo, assim como nos últimos anos, são o de avicultura, leiteiro, floricultura e plantas ornamentais, além da economia do mar, impulsionado pelo setor de pescados – que desde 2019 ganhou impulso nas exportações e hoje lidera nacionalmente.

Sobre o setor de pescados, a perspectiva é positiva para 2023. “A previsão é de que a gente continue neste desempenho e existe a possibilidade de abertura do mercado europeu para que a gente possa exportar”.

Fonte: O Povo

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