Dirigentes do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais (Fuaspec) se reuniram novamente na manhã desta terça-feira (2/7), na sede da Fundação Sintaf, para avaliar o ato do último dia 27 de junho, ocorrido no Palácio da Abolição, e definir nova agenda de lutas em defesa da reposição salarial. O objetivo dos dirigentes sindicais é ampliar a mobilização dos servidores públicos, denunciando a política de achatamento salarial do governo. “Desde o primeiro mandato do governo Camilo Santana, as perdas salariais acumuladas já somam 20,64% do salário. Isso representa o decréscimo de 1/5 do salário dos servidores”, criticou o diretor de Organização do Sintaf, Lúcio Maia.
Na avaliação, os presentes discutiram sobre os desafios de sensibilizar a sociedade e mobilizar a base diante do discurso do governo e da mídia, que culpam a crise econômica e apontam os servidores como “privilegiados”. “Infelizmente muitos servidores absorveram o discurso da crise. Uma crise que só existe para o trabalhador”, enfatizou Cleyton Magalhães, diretor do Sindiodonto.
“Além da ação política, temos que partir para a ação jurídica”, defendeu o diretor de Assuntos Funcionais e Jurídicos do Sintaf, Wildys de Oliveira, destacando o fato do governo descumprir a lei da data-base dos servidores, que garante a reposição salarial no dia 1º de janeiro de cada ano.
A reunião tratou de diversas estratégias, que serão sistematizadas e encaminhadas pelo Fórum. A principal delas é a realização do Dia de Luta em Defesa da Reposição Salarial no primeiro dia útil de cada mês, até que o governo conceda a reposição dos servidores. O próximo está marcado para 1º de agosto, no Palácio da Abolição.
“O governo anuncia a ampliação dos investimentos, mas esconde que isso está sendo feito às custas do salário dos servidores. Precisamos denunciar esse fato à sociedade. Quando você ataca o sustento dos servidores, você impacta negativamente o atendimento do serviço público à população”, advertiu o diretor do Sintaf Bira Fontenele.