Opinião: INÁCIO AGUIAR
Dois assuntos prioritários que estão em discussão desde o ano passado, mas que precisam de ajustes finais e do carimbo do governador: a proposta de ascensão funcional dos servidores da Saúde estadual e o projeto de nova reestruturação das carreiras dos profissionais de Segurança Pública
Após período de descanso com a família no início do ano, o governador Camilo Santana (PT) retorna, hoje (29), às atividades à frente do Estado. No ano em que precisará de jogo de cintura por conta das eleições municipais, o chefe do Executivo encontrará uma mesa lotada de papéis com definições importantes que aguardam a sua chancela. Há, entretanto, dois assuntos prioritários que estão em discussão desde o ano passado, mas que precisam de ajustes finais e do carimbo do governador: a proposta de ascensão funcional dos servidores da Saúde estadual e o projeto de nova reestruturação das carreiras dos profissionais de Segurança Pública, cujas tratativas também já estão em andamento e que guarda ainda pontos divergentes a serem solucionados, com o aguardo da categoria. As duas tratativas envolvem cerca de 38 mil servidores públicos, sendo cerca de 8 mil da Saúde e 30 mil agentes de Segurança.
Ascensão Funcional
No caso da Saúde, a proposta de ascensão funcional foi concluída no início deste mês em articulação da Secretaria de Saúde e Secretaria de Planejamento, em reunião do Comitê de Gestão por Resultados e Gestão Fiscal (Cogerf), conforme antecipou a plataforma PontoPoder, do Sistema Verdes Mares, no último dia 20. A proposta foi resultado de um trabalho iniciado em 2019. A ideia do secretário Dr. Cabeto é que o novo sistema entre em vigor ainda neste ano, conclusão prevista para 2022, que coincide com o fim da segunda gestão de Camilo Santana.
Debate orçamentário
O projeto de nova reestruturação dos agentes da segurança pública, que envolve policiais civis, militares e bombeiros, está em andamento, e tem mais questões pendentes do ponto de vista político, técnico e também orçamentário. Ponto nevrálgico da gestão pública, a área vem ostentando resultados animadores com quedas frequentes em índices que envolvem, por exemplo, homicídios e roubos, mas necessita de atenção total e de mais investimentos para a solução de problemas históricos. Em menor medida do que na última eleição em 2016, mas a área será um dos pontos de debate na disputa pelo poder municipal neste ano, principalmente na Capital, a cidade mais estratégica do Estado.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE