A paralisação dos fazendários cearenses transcorre, no seu primeiro dia, com a adesão massiva dos servidores. Células e núcleos da Execução Tributária (Cexats e Nuats), responsáveis pelo atendimento aos contribuintes, paralisaram 100% na capital e região metropolitana. Da mesma forma, encontram-se paralisados os postos fiscais localizados em Fortaleza e no interior do Estado. A greve terá continuidade até as 17h da próxima sexta-feira, 25 de junho.
Os servidores que se encontram em home office foram orientados, pelo Sintaf, a não ligarem o terminal de trabalho. Além disso, os atendimentos via Plantão Fiscal e por videoconferência devem ser suspensos durante todo o período da greve.
Por que paralisar?
Apesar das diversas rodadas de negociação com a Sefaz, o Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf) não obteve respostas concretas acerca dos pontos mais sensíveis aos servidores, que motivaram a paralisação: o projeto que prevê o concurso público para Auditor Fiscal Adjunto; a minuta de lei complementar que restabelece a média dos 24 meses para o cálculo do Prêmio por Desempenho Fiscal (PDF) para aposentadoria; a publicação da portaria do Comitê Gestor do PDF, com os representantes indicados pelo Sintaf; o debate sobre as alterações na legislação do PDF; e a melhoria das condições de trabalho dos servidores, com vacinação para todos, garantia de materiais de proteção, suspensão do rodízio e manutenção das férias programadas.
Lutar é preciso
Para o coordenador regional do Sintaf na Zona Norte, Raimundo Filho, hoje, mais uma vez, a categoria fazendária está dando uma inequívoca demonstração de sua força e união. “Honra-me pertencer a uma categoria que, através do esforço e do resultado do seu trabalho, possibilita ao governo melhorar a vida do povo cearense. Orgulha-me pertencer a uma categoria que não se acovarda na defesa dos seus direitos. Lutar é preciso”, afirmou.
Apesar das dificuldades enfrentadas com a greve em meio à pandemia, a coordenadora regional do Sintaf no Apodi, Mazé Ferreira, destaca que o momento exige a união de todos. “É hora de nos unirmos e demonstrarmos a nossa força, para que a secretária da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, atenda às nossas reivindicações”, enfatizou.
“Os colegas estão compreendendo a gravidade do momento. Mesmo os servidores com cargos comissionados entendem a importância de nossas reivindicações, e o quanto são justas”, enfatiza a coordenadora regional do Sintaf no Cariri, Célia Elói. “Temos 95% de adesão nas Cexats e postos fiscais do Cariri. Estamos conscientes de precisamos parar para chamar a atenção da Administração da Sefaz”, completou.
Greve é direito legítimo
O diretor de Organização do Sintaf, Lúcio Maia, reforça que a greve é um direito legítimo dos trabalhadores. “Todas as conquistas da classe trabalhadora são obtidas através da luta. A greve é o instrumento que utilizamos quando a negociação não avança. É nossa última alternativa”, assegurou. “Conclamamos todos os servidores a continuarem firmes na luta durante os cinco dias de paralisação, a fim de conquistarmos os nossos legítimos pleitos, porque é com os recursos financeiros que arrecadamos, através dos tributos estaduais, que o Governo os aplica em educação, saúde, assistência, previdência e demais atividades fins do Estado, em benefício da sociedade cearense”, concluiu.
Só me resta parabenizar ao Sindicato por este ato reivindicatória legítimo e justo – que é a greve