Uma em cada quatro mulheres vítimas de tiro morre em casa

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Taxa é quase o triplo da registrada entre homens, indica levantamento feito pelo ‘Estado’ com base em dados oficiais do Ministério da Saúde


      


Fabiana Cambricoli e Rene Moreira, O Estado de S. Paulo


 


Embora os homens sejam maioria absoluta entre as vítimas de armas de fogo no País, o índice de mulheres mortas a tiros dentro de casa é quase o triplo do registrado em relação ao sexo masculino. É o que aponta levantamento feito pelo Estado com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, disponíveis no portal Datasus.


O balanço mostra que dos 46.881 homens mortos por armas de fogo em 2017, último dado disponível no sistema, 10,6% morreram dentro de casa. No caso das 2.796 mulheres mortas da mesma forma, 25% foram vitimadas em domicílio.


A diferença de locais de ocorrência de mortes de homens e mulheres reafirma estatísticas criminais já conhecidas de que boa parte dos autores de violência contra a mulher são do seu núcleo de convivência, como marido, namorado, pais, tios e vizinhos, entre outros.


Para especialistas em segurança pública, a flexibilização do posse de arma no País, definido em decreto do presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira, pode agravar o cenário e aumentar o número de feminicídios no País.


“A flexibilização da posse de arma de fogo potencializa o risco de todas essas mortes por razões banais. Muitas mulheres morrem por força de conflitos corriqueiros e domésticos. Discussões que hoje terminam num empurrão ou num tapa podem terminar num feminicídio se o agressor tem fácil acesso a uma arma”, diz Silvia Chakian, promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do Ministério Público de São Paulo.


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