São Gonçalo vai receber fábrica de helicópteros

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Em um curto prazo, a ideia é compor uma cadeia produtiva para a montagem de helicópteros. Apenas a fábrica deve gerar cerca de 900 postos de trabalho


São Gonçalo do Amarante deve receber, muito em breve, uma fábrica para a montagem e manutenção de helicópteros. A informação foi confirmada pelo prefeito do município, Cláudio Pinho, que disse ainda que a Companhia Interamericana de Tecnologia Aeroespacial (Citasa) e a Prefeitura assinarão hoje um protocolo de intenções para a construção do equipamento. O investimento gira em torno de R$ 450 milhões e a fábrica terá 3,2 mil metros quadrados.


“Estamos doando um terreno de 30 hectares para a instalação da empresa no nosso distrito industrial. O governo também está concedendo isenções fiscais”, afirma Cláudio Pinho. A Citasa terá como parceira a norte- americana Enstrom, tradicional fabricante de helicópteros, além da Space Exploration, podendo assim desenvolver mão de obra.


As instalações abrangerão, além de galpões de fabricação e montagem, uma pista para testes de helicópteros e outra para aviões. Para as obras acontecerem com maior rapidez, devem ser utilizadas estruturas pré-moldadas, o que, segundo a empresa, permite o início das operações em menos de dois anos. No que diz respeito às oportunidades de trabalho, a previsão é que a fábrica gere cerca de 900 empregos especializados.


 


Início dos trabalhos


De acordo com Rubens Oliveira, presidente da Citasa, as obras civis devem iniciar em cerca de quatro meses. “O georreferenciamento da área já foi entregue pela prefeitura. O próximo passo é o cercamento, que devemos iniciar em aproximadamente um mês”, afirma.


Conforme o prefeito de São Gonçalo, o início dos trabalhos vai depender mais da parte burocrática do que da Citasa, já que, com o protocolo de intenções assinado, ela poderá partir para a fase do projeto e dar entrada no pedido de licença ambiental.


 


Capacidade instalada


O objetivo da Citasa é aproveitar a demanda crescente no mercado interno, e também exportar, principalmente para o Mercosul. A capacidade instalada será para a fabricação de 80 a 100 aeronaves por ano, de uso executivo e monitoramento. Em um curto prazo, a ideia é compor uma cadeia produtiva para a montagem de helicópteros com alto grau de nacionalização, empregando soluções tecnológicas em motores à propulsão, pistão e turbinas. “Esse interesse ressalta ainda mais o ambiente propício que o Ceará oferece para geração de emprego e renda”, diz o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), Alexandre Pereira.