O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (30) que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vive na “idade da pedra lascada”, ao comentar os resultados do mercado de trabalho divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Dados apresentados pelo IBGE mostraram que a taxa de desemprego nacional foi de 14,6% no trimestre móvel encerrado em maio, o que representa um contingente de 14,8 milhões de pessoas sem trabalho.
A taxa ficou ligeiramente abaixo da registrada no trimestre móvel encerrado no mês anterior, que estava em 14,7%.
Guedes comparou o resultado da pesquisa do IBGE, feita por amostras de domicílios, com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou a geração de 309.114 vagas de emprego com carteira assinada em junho deste ano.
Os dados divulgados pelo governo, no entanto, têm metodologia diferente, englobando o mercado de trabalho formal com base em informações passadas pelas empresas.
Metodologia atrasada
“No ano, já criamos 1,5 milhão de novos empregos. Desde que Covid-19 nos atingiu e destruiu quase 1 milhão de empregos em abril do ano passado, já criamos 2,5 milhão de novos empregos. Pnad do IBGE está metodologicamente atrasada, pesquisa feita pelo telefone. É muito superior a metodologia do Caged, que vem diretamente das empresas”, disse Guedes.
O ministro acrescentou que será preciso acelerar os procedimentos do IBGE. “Ele ainda está na idade da pedra lascada, baseado em métodos que não são os mais eficientes. Temos as informações diretas da empresa”, disse Guedes, acrescentando que vai reduzir a taxa de desemprego no Brasil nos próximos meses.
“Estamos criando praticamente 1 milhão de empregos a cada 3 meses e meio. Então, as pesquisas do IBGE estão um pouco atrasadas, daqui a pouco vão ter que convergir para o que está acontecendo. “Os indicadores do Caged nos indicam que estamos criando emprego rapidamente. Vamos derrubar essa taxa de desemprego muito rapidamente”, finalizou Guedes.