|Mensagem de Natal| Francisco pede resolução de conflitos mundiais em tradicional discurso de 25 de dezembro
O Papa Francisco dedicou a tradicional mensagem de Natal à “fraternidade” entre os povos, com desejos de que impere a concórdia na Venezuela e na Nicarágua, que os refugiados sírios retornem ao seu país e que tenham fim a guerra no Iêmen. Da varanda na basílica de São Pedro, durante a mensagem natalina seguida pela bênção ‘Urbi et orbi’ (à cidade e ao mundo), o papa falou sobre diversos conflitos no planeta.
Francisco pediu à comunidade internacional um esforço para que os refugiados sírios “possam viver em paz” em seu país. “Que a comunidade internacional se esforce de modo veemente para encontrar uma solução política para que o povo sírio, especialmente os que tiveram que deixar as próprias terras e buscar refúgio em outro lugar”, afirmou o papa diante de 50.000 pessoas na praça de São Pedro no dia de Natal, segundo a polícia do Vaticano.
A guerra no Iêmen provocou pelo menos 10.000 mortes desde 2015 e se tornou na pior crise humanitária do mundo, de acordo com a ONU. “Penso no Iêmen, com a esperança de que a trégua alcançada possa aliviar finalmente tantas crianças e populações, exaustas pela guerra e o mundo”, disse.
O governo apoiado militarmente pela Arábia Saudita e os rebeldes huthis, apoiados politicamente pelo Irã, anunciaram nesse mês na Suécia um acordo de cessar-fogo “imediato” negociado pela ONU.
Francisco também falou sobre as crises na Venezuela e Nicarágua. “Que este tempo de bênção permita a Venezuela encontrar de novo a concórdia e que todos os membros da sociedade trabalhem fraternalmente pelo desenvolvimento do país, ajudando os setores mais frágeis da população”, afirmou o sumo pontífice.
O papa também desejou que “os habitantes da Nicarágua se redescubram irmãos para que não prevaleçam as divisões e as discórdias, e sim que todos se esforcem para favorecer a reconciliação e para construir juntos o futuro do país”. O país enfrenta uma grave crise política desde o início de protestos contra o governo em abril. A repressão provocou 320 mortes, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos.
(AFP)