‘Não recebo terrorista”, afirma ministro Ricardo Salles sobre Greenpeace

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Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Greenpeace não tem interesse de colaborar na resolução de problemas ambientais, como o derramamento de óleo que afeta o litoral do Nordeste

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que não tem a intenção de conversar com o Greenpeace, organização ambiental que realizou protesto nesta quarta-feira (23/10), em frente ao Palácio do Planalto, contra a política ambiental brasileira e a forma como o governo tem lidado com o derramamento de óleo que afeta as praias do Nordeste.

“Não recebo terrorista”, justificou o ministro, em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense (assista a íntegra abaixo). Após a ação, 19 ativistas da ONG foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Tem várias instituições que estão fazendo bons trabalhos e nós temos feito toda a boa relação e apoio, enfim, parceria com eles. Agora, aqueles que querem, a exemplo desse Greenpeace, que foi dizer que não podia ajudar a limpar as praias, quer dizer, tirou totalmente qualquer possibilidade de cooperação e ainda veio sujar o Palácio do Planalto, não tem colaboração possível. Porque eles não querem diálogo. Aliás são bons de levantar dinheiro, mas de trabalhar que é bom…”, afirmou Salles.

Recursos liberados

Salles também recusou a acusação feita por ambientalistas e ex-ministros do Meio Ambiente de que o governo atual promove um desmonte de políticas no setor, como o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC). De acordo com o ministro, não é verdade que ele só foi utilizado em 11 de outubro. “O PNC vem sendo aplicado, todos os procedimentos previstos, desde 2 de setembro.

“O Brasil não extinguiu o PNC, ao contrário, está sendo seguido inclusive com a designação da coordenação operacional da Marinha. Agora, é verdade, por outro lado, que nós recebemos no Brasil, em várias áreas e na área ambiental, um Estado depauperado, destruído pela corrupção, pela ineficiência, pela má administração das gestões, sobretudo do PT. Nos legaram o Estado quebrado”, defendeu.

“Tudo aquilo que for necessário para investimento neste momento nós faremos. Há, claro, como você sabe, um contingenciamento de verbas do governo federal em razão desse problema, mas para casos importantes como este, o governo não tem se furtado em descontingenciar recurso”, declarou.