“Mulheres que fazem a diferença” é tema de seminário comemorativo

347


Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as servidoras fazendárias foram convidadas a participar de uma manhã especial, com reflexões acerca da violência contra a mulher e nutrição saudável. “Mulheres que fazem a diferença” foi o tema do seminário promovido pelo Sintaf na manhã desta quinta-feira (8/3), no auditório da Sefaz, que contou ainda com show de humor de Aurineide Camurupim.


 


Alimentação saudável


 


A primeira palestra, “Alimentação saudável e qualidade de vida”, contou com exposição da nutricionista Mirella Sá Fontes. Ela abordou o estresse físico e emocional a que as mulheres são submetidas todos os dias, o que ocasiona a elevação dos níveis de cortisol, hormônio do estresse. “Privação de sono, alimentação inflamatória, atividade física desregrada e o consumo rotineiro de medicamentos e de bebida alcóolica resultam em estresse físico. Já o emocional está relacionado ao trabalho, trânsito, medo, ansiedade, dentre outros”, explicou. Em seguida, ela discorreu sobre a alimentação saudável, baseada em quantidade, qualidade, equilíbrio entre os nutrientes e individualidade.


 


A nutricionista deu várias dicas às participantes, incentivando o consumo de frutas e verduras in natura, assim como a gordura boa presente nos alimentos, a exemplo do coco, abacate e azeite. “Evitem produtos industrializados e processados. Prefiram alimentos naturais, sem aditivos químicos e conservantes”, apontou. Ela também estimulou as mulheres a abolirem os adoçantes e a reduzirem o consumo de açúcar no café, aos poucos, até sua completa retirada. “É tudo questão de hábito e paladar”, ressaltou.


 


Após a palestra, houve o sorteio de três consultas com a nutricionista. Em seguida, as participantes foram convidadas a saborear um lanche saudável. 


 


Violência e machismo


 


Danielle Mendonça de Paula, delegada adjunta da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM), ressaltou que a origem do Dia Internacional da Mulher está nas mulheres que fizeram a diferença à sua época. Delegada de polícia há oito anos, sendo o último dedicado à DDM, ela destacou a rotina das delegadas, escrivãs e inspetoras que lutam diariamente contra a violência de gênero. “Buscamos atender de forma acolhedora, humanizada, colocando-nos no lugar da mulher agredida. Cerca de 80% do nosso quadro de servidoras é mulher, conforme disposto na Lei Maria da Penha”, afirmou.


 


A delegada explicitou, ainda, atitudes que fazem a diferença no combate à violência de gênero. “Procuramos cultivar o empoderamento das mulheres, para que consigam romper com o ciclo da violência”, relatou. Ela também destacou frases machistas dita por mulheres. Dentre elas, “Mulher de verdade muda o homem” e “Tem mulher que dá motivo para apanhar”. “No primeiro caso, a mulher acredita que vai mudar o parceiro, mesmo com o seu histórico de agressão às ex-companheiras”, disse a delegada.


 


Sobre as mulheres que são violentadas, é comum escutar frases como: “Também, na rua até essa hora da noite!” ou “Nossa, mas também olha a roupa que ela estava usando!” “A mulher sempre foi relegada ao espaço privado, do lar. Quando ela sai de casa, é como se seu corpo virasse uma coisa pública. O estupro nada mais é que uma relação de poder do agressor contra a vítima. A culpa nunca é da mulher agredida”, enfatizou.


 


Humor cearense


 


Entre uma palestra e outra, Aurineide Camurupim apresentou um show de humor dedicado às mulheres, arrancando boas gargalhadas do público, que entrou no clima de descontração.