Ministério do Trabalho será extinto, volta a afirmar governo Bolsonaro

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Parte das políticas de geração de emprego deve ficar com o Ministério da Economia e da Cidadania, a ser comandado por Paulo Guedes.


Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira (3), o deputado federal e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o Ministério do Trabalho será extinto no governo de Jair Bolsonaro. O presidente eleito já havia afirmado que extinguiria a pasta. contudo, após a repercussão, voltou atrás no dia 13 de novembro, quando declarou que a pasta manteria o status de ministério. 


Agora, de acordo com Onyx Lorenzoni, os trabalhos desenvolvidos pela pasta serão divididos entre três ministérios: Justiça, da Cidadania e da Economia. “O atual Ministério do Trabalho, como é conhecido, ficará uma parte no ministério do doutor Moro, outra parte com Osmar Terra e outra parte com Paulo Guedes”, afirmou.


A pasta de Sérgio Moro deverá ficar responsável por concessões de cartas sindicais e a fiscalização do trabalho escravo, disse Lorenzoni. “A face mais visível, e que a imprensa brasileira registrou por inúmeras vezes os problemas que ocorriam naquela pasta, de desvios, problemas graves de corrupção, então aquele departamento ou secretaria do ministério do Trabalho que cuida disso, vai lá pro doutor Moro, vai ficar no ministério da Justiça e da Segurança”.


20 ministérios


Já as políticas de geração de emprego ficarão divididas entre os ministérios da Economia e da Cidadania.Lorenzoni acrescentou ainda que o combate ao trabalho escravo também deve ficar com o Ministério da Justiça. “A parte de fiscalização vai lá junto para o Moro, se não me falha a memória. A princípio deve ficar também com doutor Moro.


Onyx explicou que o desenho do primeiro escalão está quase concluído. A previsão é de que a estrutura seja anunciada ainda esta semana, durante visita de Bolsonaro a Brasília. “Nós vamos ter 20 ministérios funcionais. E tem dois que são eventuais, caso do Banco Central, que quando vier a independência deixa de ter status, e o segundo AGU (Advocacia-Geral da União), pretendemos fazer ajuste constitucional, e quando tiver definido.”


Direitos Humanos


Bolsonaro já anunciou 20 ministros e deve escolher esta semana o chefe de Meio Ambiente. Ainda falta definir se a pasta de Direitos Humanos terá status de ministério. Segundo Onyx, Damares Alvez é a mais cotada para o posto.


Damares é advogada e trabalha como assessora no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), um dos políticos mais próximos de Bolsonaro na campanha e que foi derrotado nas eleições de outubro, quando disputou a reeleição.