Inflação em Fortaleza sobe 0,35%em março, a menor variação do país

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A dona de casa Lúcia Cavalcante, de 64 anos, moradora do bairro Damas, em Fortaleza, vem sentindo ainda o aumento dos preços dos produtos, principalmente os alimentícios, mas em menor intensidade do que o observado há um ano atras. “Tudo ainda está muito caro, mas eu noto os valores aumentando menos esse ano, mas ainda longe do ideal. A gente nota isso quando vai no supermercado. O ideal é que as coisas fossem mais baratas, pois a população ainda sofre os efeitos da pandemia”, considerou.
Ela assim como muita gente sente o peso da inflação que, em março, aumentou 0,35% na capital e na Região Metropolitana. O percentual é a menor variação do país. O dado foi divulgado nessa terça-feira (11/04), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a inflação acumula alta de 1,96% e, nos últimos 12 meses, de 4,47%, abaixo dos 5,86% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a variação foi de 1,69%. O aumento é puxado pelo grupo dos transportes, que foi o destaque no índice de março, sendo responsável pelo maior impacto, de 0,20%, e a maior variação, de 1,03%, seguido do grupo da habitação, com aumento de 0,62%, e saúde e cuidados pessoais, com 0,49%.

Em contrapartida, vestuário (-0,91%) e artigos de residência (-0,33%), registraram quedas este mês. Os demais ficaram entre o -0,08% de comunicação e o 0,16% de alimentação e bebidas.
A energia elétrica residencial aumentou 2,13%, enquanto a gasolina subiu 1,62% e foi o segundo subitem de maior impacto individual no índice geral. A variação nos preços da gasolina foi influenciada principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março.

O grupo saúde e cuidados pessoais, por sua vez, foi impactado principalmente pela alta de 1,21% do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. No item de higiene pessoal (0,52%) o destaque ficou para os artigos de maquiagem que subiram 5,02%.

A inflação também foi maior em alimentação e bebidas (0,16%), as variações declinantes da alimentação no domicílio, que passou de -0,02% em fevereiro para -0,10% em março, exerceu grande influência.
“A expectativa do mercado era maior, logo, o acumulado dos últimos meses a inflação ficou abaixo do teto da meta esperada. Interessante observar que esse percentual é menor que nos ciclos anteriores, o que induz que talvez na próxima reunião do Copom exista indicativo de redução de 0,25% na Selic em função do encaminhamento do arcabouço fiscal e como será trabalhado no Congresso. Com a melhoria do cenário internacional e tendência de queda da inflação, é possível termos redução de juros”, avaliou o economista Ricardo Coimbra.

No cenário nacional, a inflação ficou em 0,71% em março. No ano, a inflação acumula alta de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.

Veja variação de preços de alguns produtos
Tomate: -17,94%
Frango inteiro: -2,91%
Cebola: -6,93%
Banana-prata: -6,32%
Leites e derivados: -1,84%
Cenoura: +30,48%
Ovo de galinha: +8,99%
Energia elétrica
residencial: +2,13%

Fonte: O Estado CE

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