“[Quem] tem filiação partidária, não é funcionário do Estado brasileiro, é militante”, afirmou o ministro da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deseja impor censura e proibir que servidores públicos filiados a partidos políticos tenham estabilidade. Durante apresentação do plano “Mais Brasil”, ele defendeu que quem tem vínculo partidário é “militante” e não funcionário do Estado.
“[Quem] tem filiação partidária, não é funcionário do Estado brasileiro, é militante. Pode ser militante à vontade, mas não pode ter estabilidade”, afirmou Guedes, durante apresentação do plano, que prevê uma grande reforma no funcionalismo público.
Além da censura contra servidores, o ministro pretende reduzir o número de carreiras do serviço público de 30 para 20. “A reforma administrativa está pronta. O Congresso pode mexer à vontade”, disse ainda, sem estipular data para a apresentação do texto ao Legislativo.
Mais cedo, Guedes entregou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), três PECs, entre elas a do Pacto Federativo, que prevê, entre outras medidas, extinção de municípios com menos de 5 mil habitantes e menos de 10% de arrecadação própria.
Crítica
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) publicou nas redes um vídeo criticando as duas medidas. A parlamentar afirmou que Guedes cria inimigos para explicar a estagnação econômica do Brasil e considerou o ataque a servidores como “mais uma atrocidade”. “A proposta foi apresentada hoje, vamos ainda conhecer melhor, mas desde logo eu quero dizer: é um absurdo. Nós estaremos lutando contra essa redução de direitos, essa destruição do Estado brasileiro”, afirmou.