Estado gasta mais de R$ 1 bi em contratos com cooperativas médicas

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Por Letícia Lima,


Devido ao déficit de profissionais médicos em alguns setores, o Governo estadual recorre às entidades para compor o quadro no serviço público. No entanto, especialistas da área defendem a realização de concurso público


Não é novidade que os governos estaduais – e o Ceará está incluído nessa lista – adotam as cooperativas médicas como uma das principais alternativas para prestação de serviços à população. Levantamento do Diário do Nordeste no Portal da Transparência do Governo do Estado revela que a gestão Camilo Santana gasta mais de R$ 1,4 bilhão em contratos com 15 entidades para fornecer profissionais aos hospitais públicos. A dependência das cooperativas esconde dois lados de uma moeda: o poder delas de negociar ganhos elevados e a qualidade do sistema público de saúde por meio das entidades.


De acordo com o Portal da Transparência, o Orçamento das despesas da Secretaria da Saúde (Sesa) para 2019 é de R$ 3,7 bilhões. Atualmente, contratos são celebrados com diversas cooperativas médicas – associações de profissionais da saúde contratadas para fornecer determinado serviço -, que negociam os valores, recebem recursos e os repassam aos cooperados. Nesse processo, as entidades têm o poder de barganhar salários. Na lista dos contratos vigentes, entidades que prestam serviços em especialidades diversas, que vão da hemodinâmica à traumatologia, recebem valores expressivos.


A Cooperativa de Trabalho de Atendimento Pré-Hospitalar LTDA (Copah), por exemplo, mantém vínculos com o Estado desde 2013. Atualmente, há 12 contratos em vigência entre a entidade e o Governo, que somam um montante de R$ 323,5 milhões. A maioria está direcionada a compor o quadro de enfermeiros no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) e também no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).


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