| inovação | De acordo com o estudo, o Estado concentra 0,9% do total, atrás apenas de Pernambuco (1,8%). Na terceira posição, com 0,4% dos negócios, aparece a Bahia
Relatório feito pela KPMG para mapear as startups em tecnologia espalhadas pelo País aponta que Ceará é o segundo estado da região Nordeste com o maior número de empresas brasileiras desse segmento ligadas à indústria 4.0. De acordo com o estudo, o Estado concentra 0,9% do total, atrás apenas de Pernambuco (1,8%). A Bahia aparece na terceira colocação, 0,4%. Intitulado “Indústria 4.0 Mining Report”, o estudo apontou 224 startups que foram subdividas em nove categorias.
O levantamento feito pela Leap, uma parceria da KPMG com a Distrito, mostrou ainda que o Nordeste está em terceiro lugar no ranking das regiões, apresentando 2,2% do total de startups de tecnologia, ficando atrás do Sudeste (72,6%) e do Sul (23,1%).
O relatório apontou também o perfil dos sócios de todas empresas selecionadas no Brasil. Os homens respondem por 87%, enquanto as mulheres correspondem a 13%. Do total de negócios, cerca de 11,8% estão localizados nos seguintes estados do Nordeste: Pernambuco (3,5%), Ceará (2,3%), Paraíba (0,8%), Bahia (0,3%), Maranhão (0,3%). Estão incluídos nesse percentual ainda Espírito Santo (2,3%), Goiás (1,3%), Distrito Federal (0.8%), Amazonas (0,3) e Mato Grosso do Sul (0,3%).
“A aplicação de tecnologias disruptivas, baseadas em tendências digitais, ainda é um grande desafio para que seja possível uso de análise de dados, monitoramento de informações, segurança cibernética e armazenamento na nuvem, que são essenciais para aumentar a eficiência operacional e a rentabilidade de todas as empresas. Essas preocupações já fazem parte da estratégia das principais empresas da região Nordeste. Incorporar a tecnologia no dia a dia não é mais uma opção”, analisa o sócio da área responsável pelos escritórios da KPMG no Nordeste, Marcelo Gonçalves.
Na primeira etapa de formulação foi feita uma pesquisa na base da Distrito Ventures – com mais de mil startups cadastradas -, aceleradoras, portais de notícia e dados abertos. Após construir uma listagem de mais de 400 startups, houve um processo de seleção ainda mais aguçado embasado na conceituação teórica juntamente com os serviços e tecnologias oferecidas pelas startups, que deveriam ser coerentes com a indústria.
Os critérios para seleção das startups foram atuação no ramo da indústria 4.0, ter listagem de clientes e parceiros, estar em estágio operacional e ter clientes ativos, desenvolver tecnologia proprietária e ter nacionalidade brasileira.
As 224 selecionadas foram divididas em nove categorias: internet das coisas (IoT)/sensores/monitoramento (64); energia (51); big data e análise de dados (30); inteligência artificial/aprendizado de máquina (machine learning) (22); robótica e drones (18); logística (17); realidade virtual e realidade aumentada (9); automação (7); impressão 3D (6).