Ceará registra aumento de empresas e queda de salários

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Pelo segundo ano seguido, o número de organizações formais voltou a crescer no estado do Ceará, atingindo 150,6 mil Unidades Locais em 2020 (alta de 3,5%). A alta foi observada, predominantemente, nas Entidades empresariais com até 9 pessoas ocupadas.

De 2019 para 2020, o número de assalariados declinou 1,9%, assim como o valor total pago em salários e outras remunerações (-5,7%), em termos reais. Essas informações integram as Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2020, que está sendo divulgada pelo IBGE. O estudo mostra que houve crescimento no número de Unidades Locais – UL em 2020, por outro lado, caiu o número de pessoal ocupado total, atingindo 1,6 milhão de pessoas.
O Ceará, em relação aos estados da Região Nordeste, ficou entre os que possuíam as maiores participações relativas em número de unidades locais (2º no ranking) e de pessoal ocupado total e assalariado (3º no ranking). Do total de pessoas ocupadas assalariadas – POA, 28,6% eram da Administração pública, 65,4% de Entidades empresariais e 6,0% de Entidades sem fins lucrativos.

Do saldo de pessoas ocupadas assalariadas no ano de 2020, em 44,4% das atividades econômicas a pesquisa observou criação de novos postos de trabalho com destaque para o setor de Informação e comunicação, onde a POA variou 8,2%. Alojamento e alimentação, apontou a maior diminuição da POA relativo ao ano anterior (17,9%).

Comércio e Indústria
Proporcionalmente, o Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas lidera em número de ULs (39,6%) e, é segundo lugar em quantidade de pessoal ocupado e assalariados (16,6%), mas ficou na quarta colocação (10,2%) em salários e outras remunerações. A seção Administração pública, defesa e seguridade social ocupou a primeira colocação em pessoal assalariado (22,1%) e, também, em salários e outras remunerações (31,6%).
As Indústrias de transformação estavam na terceira colocação em pessoal ocupado e assalariado (15,3%) e, em salários e outras remunerações (10,4%), e na segunda posição em número de ULs (8.2%).

Salário diminuiu 2,6%

A CEMPRE 2020 mostrou que, no geral, o salário médio aqui no estado era o 7º do Nordeste; ele teve 2,6% de queda após ser corrigido pela inflação, passando de R$ 2.399,59 em 2019 para R$ 2.336,15 em 2020. Porém, não só ele, o total de salários e outras remunerações caiu (-5,7%).

Os maiores salários médios mensais em 2020 estavam nos segmentos de Eletricidade e gás (R$ 7.425,57), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 6.937,79) e Educação (R$ 3.474,41).
Já os menores salários médios ficarão nas atividades Alojamento e alimentação (R$ 1.031,89), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 1.432,42) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.458,86).

De 2019 a 2020, os maiores aumentos em assalariados foram em Saúde humana e serviços sociais (3,4%) e em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), enquanto as maiores perdas foram em Artes, cultura, esporte e recreação (-20,6%), e em Alojamento e alimentação (-19,3%).

O Estado do Ceará

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