De acordo com especialistas, problemas técnicos são os principais motivos que fazem as obras pararem no País
Em todo o País, na área de saneamento são pelo menos mil contratos em empreendimentos planejados com recursos públicos
O Ceará é o quarto estado brasileiro com mais obras de saneamento paralisadas em todo o País. Segundo o levantamento, são 62 as intervenções paradas no Estado.
Em todo o País, na área de saneamento são pelo menos mil contratos em empreendimentos planejados com recursos públicos. O valor chega a R$ 13,5 bilhões, sendo que R$ 12,6 bilhões se referem a projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As informações são do portal Estadão.
Segundo o ranking, Pernambuco é o estado com mais obras paradas: 114. Na sequência, vêm Rio Grande do Sul, 106; São Paulo, 91; Ceará, 62; Minas Gerais, 60; Pará, 58; Bahia, 50; Goiânia, 44; Maranhão, 38; Piauí, 36; Paraná, 34; Paraíba, 33; Amapá, 30; Rio de Janeiro, 27; Rio Grande do Norte, 23; Espírito Santo, 21; Mato Grosso do Sul, 18; Amazonas, 14; Acre, 13; Mato Grosso, 13; Distrito Federal, 8; Sergipe, 8; Tocantins, 8; Alagoas, 7; Rondônia, 7; Roraima, 5.
De acordo com especialistas, problemas técnicos são os principais motivos que fazem as obras pararem no País. Além disso, segundo a reportagem, as companhias estaduais, as empresas e os municípios que captavam o dinheiro não possuíam a mesma disposição técnica para prosseguir com os projetos com qualidade.
Em uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foi identificado que nos empreendimentos do PAC parados – não só referentes a saneamento – também houve essa falha técnica. “O que identificamos é que, dentro dos problemas técnicos, o que surgia era deficiência no projeto-base” conta Bruno Martinello Lima, que faz parte da equipe que realizou o levantamento pelo TCU.
Ele explicou que foram identificadas mais de 14 mil construções paradas no País através de cinco bancos de dados do Governo Federal, em um universo de 38 mil obras. Segundo o tribunal, 47% dos motivos de paralisação das obras do PAC são relacionados a problemas técnicos e 23% são por motivo de abandono pela empresa.