Caixa estuda juros do consignado do Auxílio Brasil abaixo de 3,5% ao ano

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A instituição analisou que o público utilizará o consignado para pagar dívidas, em sua grande maioria, e impulsionar pequenos negócios.

A Caixa Econômica Federal estuda aplicar juros do consignado para o Auxílio Brasil abaixo do teto de 3,5%. A declaração foi dada pela atual presidente da instituição, Daniella Marques, que veio a Fortaleza para palestrar na 2ª edição do Seminário Economia Brasil.
Segundo a titular da instituição, já foi analisado que o público que utilizará o consignado irá pagar dívidas, em sua grande maioria, e impulsionar pequenos negócios.

“A taxa deve ficar próximo desse percentual estipulado. Tem um comitê analisando e eu respeito a governança do banco. Temos pesquisas qualitativas que dizem que as pessoas gostariam de ter esses recursos para pagar dívidas já existentes que têm juros mais altos, normalmente no cartão de crédito, ou para dar fôlego ao negócio”, comenta Daniella.

A presidente também comenta que há um trabalho sendo feito pela Caixa junto à operação do crédito consignado que ela acredita ter uma demanda entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões somente na Caixa.

“A gente pratica um crédito consciente para que a pessoa substitua a dívida cara por uma mais barata e não estimula o endividamento em bola de neve. O intuito é de apoiar e dar uma rampa de saída para as pessoas, e não de aumentar o nível de endividamento que elas já têm.”

Consignado do Auxílio Brasil será liberado em outubro

Na última quarta-feira, 28, a Caixa divulgou que está analisando a portaria 816 do Ministério da Cidadania, que determina as condições para o consignado do Auxílio Brasil.

A presidente Daniella já havia afirmado, em agosto, que o banco vai operar a linha, e que praticaria a “menor taxa do mercado”.

As condições do crédito consignado devem ser divulgadas nos próximos dias. A operação deve iniciar a partir da segunda quinzena de outubro.

Na portaria, o teto dos juros do crédito foi determinado em de 3,5% ao mês. Além disso, limitou o desconto máximo a 40% do benefício definitivo, de R$ 400. Ou seja, a parcela máxima será de R$ 160.

Ao menos até o final deste ano, o governo está pagando R$ 600 em benefícios ao mês.

A Caixa afirma ainda que dá orientações financeiras aos clientes através de seu site, e que clientes que possuem empréstimos com taxas de juros mais elevadas poderão “trocá-los” pelo consignado, que tem juros mais baixos.

Poucos bancos têm mostrado disposição a oferecer o consignado do Auxílio Brasil. Itaú e Bradesco informaram que não oferecerão o produto, enquanto o Banco do Brasil disse, ainda no mês de agosto, não ter nada definido.

Seminário Economia Brasil

A segunda edição do Seminário Economia Brasil, organizada pelo Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide), ocorreu no início da tarde desta quinta-feira, 29, no hotel Gran Marquise, para cerca de 70 convidados.

Na oportunidade, Daniella Marques falou sobre o tema “A Caixa e seus projetos para brasileiros e brasileiras”. Os trabalhos foram coordenados pela presidente do Seminário, empresária Emília Buarque. O Seminário teve a primeira edição realizada em março, com a participação do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Mulheres com destaque na pauta

Durante o evento, Daniela destacou as ações que a entidade tem realizado para as mulheres, após a crise com o ex-presidente da entidade, Pedro Guimarães.

Em destaque, o programa Caixa para Elas, que conta com mais de mil agências com espaços para atendimento das mulheres, em todo o Brasil. No Ceará, são cerca de 100 espaços e no Nordeste, cerca de 700.

“Estamos acolhendo e apoiando mulheres com a promoção do empreendedorismo feminino, para que tenham acesso não só a crédito, mas a orientação para abrir o seu negócio, para crescer e também, oferecendo produtos e serviços, como apoio na saúde da mulher, previdência e a pausa maternidade”, destaca Daniella.

Ela lembrou que a Caixa é o banco operador do Auxílio Brasil. “São 20,2 milhões de famílias, onde 80% são mulheres e aqui, no Nordeste, nossos programas têm uma relevância muito grande, milhares de mulheres assistidas. Então, nosso foco é apoiar para que elas saibam que podem abrir uma empresa individual ou ter carteira assinada, sem perder o programa, para que consigam atingir a independência para si e pros seus filhos e a família.

Fonte: O Povo

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