Na prática, o movimento efetuado pelos bancos públicos resultou em lucros mais robustos para ambas as instituições
Brasília. Bancos públicos diminuíram a folha de pagamento em 21,2 mil empregados nos últimos dois anos. O corte faz parte do esforço do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em reduzir custos e tornar a estrutura mais parecida com a dos bancos privados. A saída dos empregados deve gerar economia de pelo menos R$ 2,5 bilhões por ano aos dois bancos.
Ações como o incentivo à aposentadoria e mudança na estrutura de atendimento resultaram na saída de mais de 16 mil pessoas, sendo quase 12 mil apenas nos últimos dois anos, quando o quadro diminuiu em 10,9%. Na Caixa, a demissão voluntária resultou na saída de 9,2 mil pessoas, queda de 9,7%.
Contratações
Nesses dois anos, os concorrentes privados foram em sentido contrário. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander aumentaram a folha de pagamento em 11,3 mil empregados no mesmo período. O BB diz que a medida busca “a sustentabilidade da empresa em um mercado em profunda transformação”. A Caixa diz que o objetivo é “ajustar a estrutura ao cenário competitivo e econômico atual, buscando mais eficiência do banco”.
A busca pela eficiência significa, na prática, aumentar o lucro. O BB estima que só o plano de aposentadoria incentivada gerou redução de custos em cerca de R$ 2,3 bilhões por ano. Na Caixa, onde 9,2 mil deixaram o banco, só a saída de 1,3 mil pessoas em 2018 gerará economia anual de R$ 248,5 milhões.