Ataque do Irã a Israel pode aumentar preço dos combustíveis no Ceará; entenda

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Caso as tensões do Oriente Médio sejam agravadas, a previsão é de que o barril do petróleo chegue na casa dos 100 dólares

O ataque do Irã com drones e mísseis contra Israel pode aumentar o preço dos combustíveis no Ceará. É o que apontam os especialistas ouvidos pelo O POVO.

Com a ofensiva realizada no último sábado, 13, a preocupação é que haja uma retaliação do lado de Israel. Assim, as tensões do Oriente Médio seriam agravadas.

Isso porque o Irã é um dos dez maiores produtores de petróleo no mundo, segundo a Agência de Informações de Energia dos Estados Unidos (EIA, em inglês).

Caso o conflito seja ampliado, a previsão é de que o barril do petróleo chegue na casa dos 100 dólares, segundo o consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti. Nesta segunda, 12, o valor está em 89 dólares, de acordo com o Brent.

Dessa forma, a elevação no litro da gasolina seria em torno de R$ 0,70 enquanto para o diesel poderia chegar a R$ 0,40.

Além disso, o consultor em engenharia de petróleo e energias, Ricardo Pinheiro, explica que essas tensões elevam o preço do petróleo porque pode acontecer, a qualquer momento, “uma ruptura no fornecimento de petróleo e isso provocaria grandes problemas de abastecimento.”

Contudo, o próprio reforça que existe uma vontade dos Estados Unidos e da Europa, locais que financiam Israel, em amenizar a guerra.

“Um aumento de petróleo nesse momento ninguém quer. A Europa está muito preocupada com a situação econômica geral e os Estados Unidos estão em ano eleitoral. Ninguém quer agora uma alta na inflação por causa do preço do petróleo.”

Brasil tem preços defasados em relação ao mercado externo
Outro ponto que Ricardo Pinheiro analisa é a nova política da Petrobras. “Aqui no Brasil, a gente está passando por uma situação de um equilíbrio forçado nos preços do petróleo. O governo, junto com a Petrobras, vem aproveitando bastante a utilização da conta petróleo para tentar estabilizar os preços.

No entanto, o consultor em engenharia de petróleo e energias afirma que a estatal não vai conseguir segurar o valor por muito tempo.

“Acredito que, em menos de um mês, a Petrobras será forçada mesmo a elevar o preço do diesel e da gasolina porque já tá havendo uma defasagem muito grande entre o preço praticado aqui dentro do Brasil com o internacional, chegando na casa dos 20% em uma média geral.”

Por isso, existe uma pressão dos investidores e dos cotistas para que a Petrobras volte a praticar os preços mais próximos no mercado externo, o que atingiria o consumidor final.

“Essa prática, logicamente, impacta na elevação do preço do petróleo interno. Então, a gente pode vir sim a ter um aumento no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que são os principais derivados e já estão defasados em relação ao mercado internacional.”

Fonte: O Povo

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