Após impasse de mais de 5 horas, eleição a presidente do Senado é adiada

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Por FolhaPress, A sessão deve ser retomada às 11h deste sábado (2).


PAÍS


A disputa entre parte do governo Jair Bolsonaro (PSL) e Renan Calheiros (MDB-AL) pelo comando do Senado causou muita confusão e um impasse que durou mais cinco horas nesta sexta-feira (1). Às 22h15 foi anunciado o adiamento. A sessão deve ser retomada às 11h deste sábado (2).


Davi Alcolumbre (DEM-AP), o nome defendido pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), presidiu a sessão por ser o único remanescente da antiga Mesa Diretora que manteve o mandato. Sem se declarar oficialmente como candidato, ele patrocinou então uma manobra, contrária ao regimento do Senado, colocando em votação a proposta de votação aberta – aprovada por 50 votos a 2.


Renan – que é alvo da Lava Jato e tem pouquíssimas chances em uma votação aberta – e aliados protestaram e acabaram inviabilizado a sessão. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) chegou a subir à Mesa e tomar de Alcolumbre a pasta dos trabalhos.O tumulto continuou, com a senadora já de volta ao Plenário, pedindo que ele abandonasse a condução da sessão e Alcolumbre pedindo a pasta de volta. “Não devolvo. Vem tomar”, respondeu a senadora, que ameaçou levar a sessão ao Supremo Tribunal Federal (STF).


Mais tarde, Kátia e Renan subiram à tribuna e sentaram-se um de cada lado de Alcolumbre. No momento, Kátia Abreu continua sentada à mesa e sem devolver a pasta. Os senadores seguem debatendo e ainda não há acordo que permita dar continuidade à eleição.