A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar e registra, atualmente, 8,3% no trimestre até outubro deste ano e chega ao menor nível para esse intervalo desde 2014. O dado foi divulgado nessa quarta-feira (30/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa ficou abaixo das projeções de analistas (8,5%). Já o número de desempregados recuou para 9 milhões no trimestre finalizado em outubro, apontou o IBGE, e é o menor nível para o período desde 2014 (6,7 milhões). Na análise de diferentes intervalos da série, trata-se do número mais baixo desde julho de 2015 (8,8 milhões).
A população desempregada, conforme as estatísticas oficiais, é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas formais ou informais. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo.
O contingente de desempregados somava 9,9 milhões no trimestre até julho de 2022 e 9,5 milhões até setembro deste ano.
A alta da população ocupada, que atingiu a máxima de 99,7 milhões, reflete uma combinação de fatores, de acordo com Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad. A pesquisadora do IBGE lembrou que a abertura de vagas vem sendo incentivada pelo avanço da vacinação contra a Covid-19 desde o segundo semestre de 2021.
“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, disse ela.
A população fora da força de trabalho, por sua vez, foi estimada em 64,9 milhões no trimestre até outubro. Esse contingente, que reúne quem não está ocupado nem procurando emprego, ficou praticamente estável frente a julho (64,7 milhões).
O número de empregados com carteira no setor privado alcançou 36,6 milhões no mesmo período. Já o grupo de empregados sem carteira no setor privado bateu recorde ao atingir 13,4 milhões, uma alta de 2,3% (297 mil a mais) frente a julho.