Volta do transbordo de combustíveis no Pecém deve elevar arrecadação

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Em fevereiro, Petrobras vai retomar operação suspensa desde 2014 no Ceará. Combustível chegará em navios grandes e será distribuído a embarcações menores, que farão o transporte para estados do Norte e Nordeste

Legenda: Operação será retomada inicialmente com três navios para o transporte de 200 mil metros cúbicos/mês Foto: Carlos Marlos
Foto: ´Carlos Marlon

A retomada foi anunciada após reunião entre o Governo do Ceará, Petrobras e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, o Estado buscava a estatal para retomar a operação no porto cearense. “O governador Camilo Santana havia notificado a Petrobras sobre a necessidade de continuar com suas obrigações contratuais e retomar essa movimentação de combustíveis, que são óleo diesel, gasolina, etanol, para retomar o projeto de transformar o Porto do Pecém em um grande hub de combustíveis”, aponta.

“Nós conseguimos licenciar essa operação junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e a partir de fevereiro que vem, a Petrobras volta a realizar essa operação conosco”, afirmou Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (Cipp S/A).

A operação será retomada inicialmente com três navios para transporte de 200 mil m³/mês, mas segundo Camilo, há perspectiva de ampliação.

O titular da Sedet-CE, Maia Júnior, pontua que o grande objetivo com a medida é fortalecer a arrecadação estadual proveniente de combustíveis, ampliando as receitas e a rentabilidade do Porto do Pecém. “Sabemos que o ano de 2021 será um ano difícil, então é preciso melhorar as receitas e a rentabilidade do porto”, explica o titular da Pasta.

Maia Júnior acrescentou que o presidente da Petrobras, Roberto Castello, disse que “o Pecém e o Estado do Ceará são estratégicos” e que a estatal “quer operar novamente em toda a plenitude dentro do Pecém”.

O consultor na área de Petróleo e Gás, Bruno Iughetti, explica que o transbordo estava suspenso desde 2014 porque o Porto de Itaqui, no Maranhão, havia oferecido, à época, melhores condições para que a Petrobras realizasse lá a operação.

Preço ao consumidor

Ele afirma que a operação de transbordo vai impactar a arrecadação do Estado, mas não deve influenciar no preço dos combustíveis ao consumidor no Ceará, porque a logística de transporte continua a mesma. “O produto destinado aos postos é, foi e será feito pelo Porto de Fortaleza. É importante que se diga: a logística de abastecimento continuará sendo da mesma forma que já vem ocorrendo. Esse combustível não será descarregado no Pecém”, explica Iughetti.

Diário do Nordeste

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