Sintaf mobiliza unidades fazendárias do Apodi e Zona Norte

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A principal queixa dos servidores continua sendo a carência de pessoal

Após mobilizar as unidades fazendárias do Cariri, diretores do Sintaf visitaram, esta semana, os postos fiscais e núcleos de atendimento da Zona Norte e região do Apodi. De 24 a 27 de outubro, foram percorridas as unidades de Sobral, Itapipoca, Tianguá, Chaval, Pirapora, Tauá, Crateús, Parambu, Quixadá, Russas, Quixeré e Aracati.

Os dirigentes sindicais percorreram longas distâncias com o objetivo de aproximar o Sintaf da base. A cada reunião com os fazendários, os diretores enfatizaram as bandeiras de luta do Sindicato, a exemplo da incorporação da VPNI, atualizaram sobre as últimas ações e negociações ocorridas e colheram novas reivindicações dos servidores.

Eles também reforçaram o lançamento da campanha “Sou fazendário, sou Sintaf”, que estimula novas filiações e a atualização dos dados dos servidores já filiados através do APP do Sintaf, disponível nas plataformas IOS e Google.

Falta de pessoal e sobrecarga de trabalho

O diretor de Comunicação do Sintaf, Nilson Fernandes, percorreu as unidades da Zona Norte junto ao diretor de Aposentados, Stélio Girão, e o coordenador regional do Sintaf, Raimundo Filho. Ele conta que a receptividade dos colegas foi muito boa. “Verificamos que alguns postos fiscais foram recuperados e reorganizados. Mas a principal reclamação continua sendo a falta de pessoal, o acúmulo de processos e a sobrecarga de trabalho, mesmo nos núcleos do interior”, informou.

Os diretores constataram que há muitos fazendários prestes a se aposentar em todas as unidades por onde passaram. “Em Itapipoca, por exemplo, há quatro servidores trabalhando e três aptos a se aposentar. Em Crateús a situação é semelhante: seis servidores lotados na unidade, quatro aptos à aposentadoria. Os colegas estão preocupados com a reposição dos quadros. Eles se perguntam: quem vai dar continuidade ao trabalho?”, afirmou Nilson Fernandes.

Cexat Sobral

Pautas fazendárias e o próximo governo

Os diretores também informaram sobre as reuniões com os candidatos ao Governo do Estado, ocorridas antes do 1º turno. Com Elmano Freitas, governador eleito, o Sindicato reforçou a necessidade de diálogo direto com a categoria e apoio às pautas fazendárias. Os sindicalistas entregaram, ainda, um documento com as premissas defendidas pelo Sintaf para o fortalecimento da Sefaz e o incremento da arrecadação, a exemplo da realização de concurso público, da revisão do ICMS carga líquida e da criação de um Fundo Social – propostas do Observatório de Finanças Públicas do Ceará (Ofice).

“Sentimos que ainda há muita insegurança dos colegas em relação a perdas na média de PDF a ser levada para a aposentadoria. Reafirmamos a luta do Sintaf junto ao próximo governo, no sentido de minorar ou reverter as distorções geradas pela reforma da previdência estadual”, explica o diretor de Relações Intersindicais, Remo Moura, que visitou as unidades do Apodi junto ao diretor adjunto Administrativo-Financeiro, Lauro Sodré.

Problemas de infraestrutura

Algumas unidades visitadas continuam apresentando problemas de infraestrura. Na Nuat Quixadá, uma das reclamações é a ausência de uma saída de emergência no prédio, o que põe em risco a vida de servidores e contribuintes em caso de incêndio. O problema já foi relatado ao engenheiro responsável, enviado pela Administração. O Núcleo é responsável por 14.070 contribuintes ativos. Os servidores também relataram a rotineira queda no acesso à rede Sefaz – problema que também foi apontado na Cexat Russas, conforme destaca o diretor Lauro Sodré.

Em Quixeré, os fazendários continuam trabalhando de forma insalubre. O posto fiscal pertence ao estado do Rio Grande do Norte e encontra-se emprestado à Sefaz Ceará desde 2012. Devido a esta condição, ele não pode ser reformado. Lá, o esgotamento sanitário voltou a dar problemas, causando transtornos, e os módulos habitacionais prometidos pela Administração Fazendária ainda não chegaram. “A malha viária em frente ao posto é excelente, mas o pátio é muito pequeno para o movimento daquela unidade, além de estar muito esburacado. Na nossa visita, verificamos que havia cerca de 40 caminhões e carretas ao redor. Diante dos problemas, o Sintaf sugere a construção de um novo posto, dentro do Estado do Ceará, que garanta condições de trabalho e descanso para os servidores plantonistas, e que atenda melhor aos contribuintes”, argumenta Remo Moura.

No posto fiscal de Aracati, os servidores reclamaram que não há previsão para aquisição de balança – equipamento necessário ao bom desempenho do trabalho. Além disso, a carência de pessoal e a sobrecarga de processos atrapalha a fiscalização. “Precisaríamos, no mínimo, de seis novos colegas para equilibrar o trabalho desenvolvido na unidade”, aponta o diretor.

No núcleo de Aracati, a queixa é a mesma: sobrecarga de trabalho. Naquela unidade, dois servidores, além da supervisora, atendem 7.950 contribuintes ativos.

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