Setor produtivo quer ampliação de horário para evitar aglomeração

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Legenda: Empresários definiram como acertada a decisão de Estado de reavaliar a situação dos protocolos no Ceará
Foto: Helene Santos

As entidades de classe já estão se preparando para entrar em um novo processo de diálogo com o Estado para negociar medidas para o novo protocolo. Entre as que deverão ser sugeridas está a ampliação de horários para comércio e restaurantes, pensando em reduzir o nível de aglomeração durante o período de abertura.

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Segundo Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), estender o horário de funcionamento dos comércios ajudaria a reduzir o número de pessoas nas lojas durante o final de ano, quando a demanda é consideravelmente maior por conta das festas. Se há uma disponibilidade maior de horas com o comércio aberto, haveria menos chances de serem criadas aglomerações, segundo Freitas.

O presidente da FCDL ainda comentou que o Governo do Estado já sinalizou a líderes do comércio que deverá haver, de fato, uma ampliação do horário de funcionamento, mas que não há, ainda, uma definição desse novo modelo. A medida, de acordo com Freitas, estaria seguindo um modelo já anunciado por outros países para tentar reduzir as aglomerações em pontos comerciais (lojas e restaurantes) durante as festas de fim de ano.

“Sempre é uma surpresa (as decisões do Estado). Se seguíssemos alguns exemplos pelo mundo, lá fora, onde o pessoal expandiu os horários dos shoppings para 24h para evitar aglomeração, acho que pode funcionar. Se eu concentro as pessoas em um horário reduzido, eu gero aglomeração, mas é preciso ter essa visão. Não dá mais para privar as pessoas dos horários quando a demanda é maior nesse período do ano”, disse Freitas.

A perspectiva também foi defendida por Taiene Righetto, diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), que afirmou esperar uma postura de diálogo amplo do Governo do Estado para que os novos protocolos sejam definidos em parcerias com as entidades de classe.

Righetto ainda disse que a decisão do Governo do Estado em reavaliar os protocolos sanitários é acertada, uma vez que o Ceará vem apresentando a elevação do número de casos de Covid-19. Para o diretor da Abrasel, o Estado poderia até, se necessário, aplicar protocolos sanitários mais rígidos durante o Natal e o Ano Novo, mas seria preciso compensar a medida ampliando o horário de funcionamento dos restaurantes para evitar concentrar os clientes.

“Vamos buscar o Governo do Estado, para que isso seja feito a quatro mãos. Esperamos que o protocolo seja diferente, porque no fim do ano a demanda é mais fora da curva. Ficar aberto, mesmo que com protocolo mais rígido, é benéfico. Maléfico é fechar ou retroceder”, disse Taiene.

Eventos

Já Ivana Bezerra, presidente do Visite Ceará e membro do conselho da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Ceará, a expectativa do setor de eventos é que o Estado aumente o limite de pessoas em eventos abertos para até 200 pessoas, considerando as festas de Réveillon. Sobre a hotelaria, pelo nível de procura do Ceará por turistas, a expectativa é elevar o limite dos hotéis de 60% para 80% da capacidade total.

Diário do Nordeste

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