Servidores federais, estaduais e municipais realizam manifestação contra a reforma administrativa

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Funcionários públicos alerta que mudanças promovem o “fim dos serviços públicos”

Com a proposta de denunciar o caráter destrutivo da reforma administrativa, os servidores públicos estaduais, municipais e federais realizaram nesta quarta-feira um ato contra a proposta do governo federal. A manifestação feita no Dia do Servidor Público, comemorado hoje, foi realizada pelas mais de 20 entidades das três esferas do funcionalismo reunidas na Frente de Servidores Públicos do Rio Grande do Sul.

O protesto foi realizado no auditório do Sindicato dos Empregados e Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Fundação do Rio Grande do Sul (Semapi/RS), no bairro Azenha, em Porto Alegre. “A ideia dos servidores é denunciar o caráter destrutivo e privatista da Reforma Administrativa e dialogar com a sociedade a respeito da necessidade de mais e melhores serviços públicos, e não o contrário”, ressaltou o diretor do Semapi, Luís Leonel.

Segundo ele, é um momento de fortalecimento da luta contra a reforma administrativa proposta pelo governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. A Frente de Servidores Públicos vai lançar uma campanha com 200 outdoors em todo o Estado denunciando o caráter da reforma administrativa, que representa o fim dos serviços públicos.

“Defendemos mais e melhores serviços para a população, não a precarização do funcionalismo e a entrega da educação e da saúde pública para a iniciativa privada”, ressaltou.

Já o diretor Fabiano Zalazar, do Sindicato dos Servidores da Justiça Estadual (Sindjus), afirmou que a Reforma Administrativa proposta pelo governo Bolsonaro ataca duramente os direitos dos trabalhadores do setor público. “A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) abre a possibilidade para precarização, perseguições, assédio a servidores e uso político da máquina pública”, explicou.

“É fundamental que a população compreenda a verdade sobre esta proposta do governo federal. Se passar, toda a sociedade sai prejudicada. Estamos falando de uma ruptura que vai afetar a prestação de serviços básicos à população como saúde e educação”, acrescentou.

O diretor Marcelo Carlini, do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Sintrajufe/RS), disse que os servidores públicos estão na luta contra a reforma administrativa absurda proposta pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que vai destruir o serviço público. “Queremos denunciar a proposta e defender mais e melhores serviços públicos, de forma a garantir o cumprimento de direitos como a saúde, a educação e justiça”, explicou.

Na semana passada, o Sintrajufe/RS denunciou que, juntamente com a Reforma Administrativa, o governo federal e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) querem acelerar a tramitação do pacote de desmonte dos serviços públicos e dos direitos. A PEC Emergencial, que segundo o sindicato, entre outras medidas, inclui a redução em 25% dos salários dos servidores e servidoras, pode começar a ser debatida e votada no Congresso ainda em 2020, conforme Maia.

Fonte: Correio do Povo

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