Reforma administrativa ataca serviços públicos e atendimento aos mais pobres

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Proposta do governo que tramita na Câmara se sustenta em suposto ‘excesso’ de funcionários públicos, o que não é verdade, afirma deputado Alencar Santana

A reforma administrativa que tramita na Câmara dos Deputados, se aprovada, vai comprometer os serviços públicos e o atendimento aos mais pobres e humildes que precisam desses serviços. Essa é a opinião do deputado federal Alencar Santana (PT-SP) que tem atuado contra esse projeto que faz parte da agenda neoliberal do governo Bolsonaro.

Na terça-feira (25), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 32/20, enviada pelo governo, conhecida como PEC da reforma administrativa. Uma comissão especial será responsável pela análise da matéria.

“É mais um ataque ao Estado brasileiro, aos servidores e ao povo. Essa reforma enfraquece muito o poder público, que tem a finalidade é atender o povo e prestar um serviço. E compromete os serviços que atendem as pessoas mais pobres e mais humildes que demandam esses serviços”, afirma o deputado.

Em entrevista à revista Brasil TVT deste domingo (30), Alencar disse que a reforma “é mais uma tentativa do governo Bolsonaro de destruir as políticas públicas do país”.

Muitos servidores?

A reforma parte do pressuposto de uma visão equivocada, que acredita que exista um excesso de funcionários públicos no país. “As pessoas acham que tem muitos servidores públicos e que as coisas não funcionam, e não é bem assim. Quando um serviço não funciona, a culpa não é do servidor, mas do comando político daquele serviço”, disse o deputado.

Alencar lembra que durante a crise sanitária quem salvou muitas vidas foram os servidores públicos, da área da saúde especialmente. E esses servidores atendem o povo mais pobre.

“Será que de fato temos muitos servidores no país? Será que o serviço público não funciona?”, indaga o deputado.

“É uma covardia o que está sendo feito. Votar uma reforma desse tamanho que altera a Constituição dessa maneira, em plena pandemia, é uma traição e um ataque covarde justamente a esses servidores que estão trabalhando e se colocando em risco pessoal e também a própria família. Esses servidores não podem se organizar contra a reforma porque justamente eles estão trabalhando para atender as pessoas”, defendeu.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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