PIB do CE: alta de 1,3% em 2022, diz Santander

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ARTIGO | Jocélio Leal; Já a estimativa do Ipece vai superar o 1,57% apontado em junho, segundo o diretor-geral do órgão, João Mário França; serviços seguem puxando a economia do Ceará

Ancorado no setor de serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará deverá crescer 1,3% em 2022, segundo estimativas de um estudo do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional. O PIB cearense teve alta de 2,7% em 2021 e queda de 3% em 2020. O banco espanhol faz este cálculo anualmente. Na nova versão, apresenta projeções por estados e regiões do País para o horizonte até 2023.
Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019, de todo modo, o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulga projeções sobre o PIB do ano a cada PIB trimestral. O próximo será divulgado em algumas semanas. No PIB trimestral de junho, o Ipece apontou crescimento para este ano em 1,57%. Bem parecido com o número do Santander. Geralmente as estimativas seguem um padrão bem próximo.

O diretor-geral do Ipece, João Mário França, disse à Coluna que a previsão de 1,57% deverá ser revisada para cima. Ele explica que o modelo adotado terá entre suas variáveis uma projeção de crescimento para a economia nacional com valor maior que a última utilizada. “O modelo de previsão consolidado que usamos para o crescimento do Brasil era com informação do Boletim Focus do Banco Central da época, de crescimento em 1,2%”.

Para o Santander, o PIB brasileiro vai avançar 2,6% este ano, enquanto o Nordeste deve ter expansão de 1,7%. O Ceará representa 15,6% da economia da região, com o terceiro maior peso entre os nove estados da região, atrás da Bahia (28%) e bem perto de Pernambuco (18,4%).

O autor do estudo, o economista Gabriel Couto,diz que o setor de serviços deverá ser mais vigoroso, com alta de 2,1% no estado este ano, em linha com a expectativa de 2% para a média do Nordeste.

“Pelo segundo ano consecutivo, os serviços devem ficar em terreno positivo no Ceará. Estimamos que a reabertura da economia tenha permitido que o setor terciário no Nordeste compensasse totalmente em 2021 a contração de 2020”, diz Couto.

Em 2021, o Santander apontou o PIB dos serviços crescendo 3% no Ceará e 3,3% na média do Nordeste, após retrações de 3,6% e 3,8% em 2020, de modo respectivo. O estudo informa que os serviços representam 77,8% do PIB cearense, e 75% da economia do Nordeste.

Na agropecuária e na indústria, por outro lado, o PIB do Ceará deve ter retração este ano, No agro, depois de queda de 5% em 2021, o recuo previsto para 2022 é de 0,2%. Segue a perspectiva de redução de 0,3% para a média nacional no PIB do setor. No Ceará, por 5,1% da economia.

Já o PIB industrial deve diminuir 3,1% este ano no Ceará, após avanço de 4,1% em 2021. Na média do Nordeste, o PIB industrial subiu 0,6% no ano passado e vai recuar 0,3% este ano, calcula o Santander. “A política monetária mais restritiva e problemas nas cadeias produtivas globais devem impactar o setor em 2022 no Nordeste, assim como nas demais regiões do País”, afirma Couto. Segundo o estudo do banco, a indústria é responsável por 17,1% da economia cearense, pouco abaixo do peso do setor na média da economia do Nordeste, de 18,5%.

HOJE

Futura Trends e a agenda do trabalho, da rua e de casa

O Seminário Futura Trends está em sua 12a edição e este ano com o tema “Gestão e solução de conflitos no trabalho: a liderança de equipes eficientes e comprometidas” vai além do ambiente de trabalho. Em mundo e Brasil beligerantes, a habilidade para mediar e liderar é algo para se levar para a rua e para casa. Na pauta, também a cultura ESG, a compor o mesmo escopo. A iniciativa é do Grupo de Comunicação O POVO e Fundação Demócrito Rocha, no auditório principal da Fiec.

CEARENSE

Especialista em consignados chega a Goiás

Depois de Norte e Nordeste, a cearense Reali Negócios, especialista em empréstimos consignados e correspondente de diversas instituições financeiras, tem agora sede em Goiânia e atuará em praças como Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A empresa fechou 2021 com o montante de declarado de R$ 450 milhões em operações de crédito contratadas. Fala em fechar 2022 com R$ 600 milhões em intermediações financeiras.
HÁ TRÊS

As zonas de desconforto no Ceará

Desconforto é o nome dos três comitês dos candidatos ao Governo do Ceará a uma semana das eleições. Primeiro RC (PDT). A pesquisa Ipespe apontou a abertura de vantagem de Elmano de Freitas(PT) sobre ele de modo bastante pronunciado. O efeito foi nauseante ( 5 contra -3). E a pesquisa Ipec selou, com Elmano a liderar. Para o capitão Wagner (UB), desconforto por se ver diante de um segundo turno estimado com Elmano. Uma surpresa indesejada. Para o PM, seria muito melhor encarnar a antítese ao Ferreiragomismo de RC e não um triunvirato de Lula-Elmano-Camilo. A propósito, Elmano não está imune à zona de desconforto. Com o Nordeste (e o Ceará incluído) como território conquistado, é bastante improvável que Lula venha ao Ceará nos próximos dias. Ele até cogita dar entrevista, mas a distância. O foco é onde as pesquisas o trazem a perder ou em menor vantagem frente a Bolsonaro (PL) – Sul e Centro-Oeste – além de São Paulo, Minas e Rio.

Horizontais

Seguro só depois – A Boeing vai pagar US$ 200 milhões (R$ 1,02 bilhão) após ser acusada pela Securities and Exchange Commission (SEC) de ter sustentado que o 737 MAX era seguro, depois de dois acidentes.

Canavial – Os ataques do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aos institutos de pesquisa – “urge estabelecer medidas legais que punam os institutos” e “nada justifica resultados tão divergentes”, ao tempo em Bolsonaro aparece atrás de Lula, demonstra pouco apreço pela liturgia do cargo.

Fonte: O Povo

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