Petrobras prevê R$ 392 bilhões em dividendos nos próximos anos

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O novo plano de investimentos da Petrobras prevê a distribuição de R$ 392 bilhões, pela cotação atual, em dividendos pelos próximos cinco anos, o que representa uma média de R$ 67 bilhões a R$ 78 bilhões por ano. Além disso, a empresa estabeleceu um valor mínimo obrigatório de R$ 22 bilhões por ano, independente do resultado, desde que o petróleo esteja acima dos R$ 224 por barril). A nova política de remuneração prevê a distribuição trimestral dos recursos aos acionistas.

Em conferência nessa quinta (25/11), o diretor financeiro da companhia, Rodrigo Araújo, destacou que os dados positivos na situação financeira permite que a Petrobras seja “uma empresa que retorna seus ganhos à sociedade e aos acionistas em geral”.

Somente ao longo de 2021, a Estatal bateu recorde na distribuição de dividendos, com o anúncio de R$ 63,4 bilhões como retorno pelo lucro de R$ 75,1 bilhões acumulado no primeiro semestre. O elevado pagamento em meio à escalada dos preços dos combustíveis foi alvo de críticas da oposição e até de aliados do governo.
A empresa justifica as mudanças na política de dividendos por ter alcançado no terceiro trimestre de 2021 sua meta de redução de dívida bruta para R$ 336 bilhões, que era esperada para o final de 2022.

O valor máximo previsto para a distribuição de dividendos é maior do que os investimentos projetados pelo plano, no total de R$ 381 bilhões, que serão focados na exploração e produção de petróleo, principalmente no pré-sal.
A empresa calcula um retorno de R$ 560 bilhões a governos com o pagamento de impostos e da parcela da União nos dividendos, que deve ficar entre R$ 112 a R$ 140 bilhões. Na nova política de remuneração aos acionistas, a estatal mantém a marca de US$ 60 bilhões para sua dívida ótima, mas admite trabalhar em alguns períodos com US$ 65 bilhões. Com a dívida abaixo da primeira marca, a empresa distribuirá 60% da diferença entre o fluxo de caixa e os investimentos.

Na conferência para detalhar o plano de negócios, o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy, rebateu críticas de que a empresa tem negligenciado alertas sobre os impactos da transição energética no setor de petróleo.

“Temos consciência do papel da Petrobras e das empresas de petróleo no contexto da transição energética”, disse ao argumentar que o mundo ainda precisará de petróleo por muito tempo. Atualmente, a estratégia ambiental da Petrobras está focada em reduzir as emissões de suas operações. Para viabilizar isso, prevê R$ 10 bilhões em medidas para descarbonização das atividades. Em setembro, frisou Ardenghy, a empresa se comprometeu a zerar as emissões líquidas até 2050.

Entenda
Basicamente, dividendos são parte do lucro líquido de uma empresa dividido entre os acionistas. Funciona assim: quando uma pessoa compra ações de uma companhia, ela passa a ser “sócia” daquele negócio, o chamado acionista e, como tal, ganha o direito de receber parte do lucro líquido da empresa de acordo com a quantidade de papéis que ela possui. Essa distribuição acontece por meio dos dividendos.

Fonte: O Estado CE

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