Pandemia encerra cerca de duas mil empresas no Ceará

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No primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, no Ceará, foram fechados 1.890 empresas do comércio. Os dados foram divulgados, ontem, durante apresentação da pesquisa sobre a situação do comércio na pandemia, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE).

Segundo a Fecomércio-CE, depois de nove meses desde o retorno gradual das atividades econômicas, após cerca de três meses de lockdowm em 2020, as empresas encontram-se, atualmente, em uma situação ainda pior que em relação ao ano passado.

A Fecomércio-CE aponta que, neste período, as empresas cearenses aportaram recursos financeiros, humanos e tecnológicos para fazer valer as medidas de prevenção e continuam garantindo sua aplicação no dia a dia das operações. No entanto, um ano depois, encontram-se em situação de isolamento social rígido outra vez, sem poder abrir as portas para os clientes, com vendas apenas por delivery.

“Um ano atrás, tivemos naquele momento, a ajuda do governo federal em muitos quesitos, na parte financeira, no tocante à financiamentos com juros mais baixos, linhas de créditos que favoreceram àqueles que estavam tendo dificuldades. Houve prorrogação desta parte de recursos financeiros, houve ações que influenciaram o trabalho da preservação dos postos de trabalho, e isso contribuiu para termos, no ano passado, uma situação melhor que a que estamos tendo hoje”, afirmou o presidente da Fecomércio-CE, Maurício Filizola.

Na avaliação de Maurício Filizola, o dinheiro circulante do auxílio emergencial, pago até dezembro, foi muito importante para fazer o comércio circular. “Esse dinheiro circulante do governo federal ajudou as economias dos municípios, do Estado, e de uma forma, isso voltou ao governo através dos impostos pagos. Então, é necessário esse reconhecimento do comércio”, completou.

O presidente da Fecomécio-CE disse ainda que o setor está passando por dificuldades, com muitos postos de trabalho sendo fechados, não só no Ceará, mas de maneira geral. Ainda segundo Filizola, das empresas que não chegaram a fechar os negócios, relataram perder de 10% a 20% do seu faturamento.

Fonte: Jornal O Estado CE.

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