Opinião: “Sintaf, Paulo Freire e o Ceará”, por Carlos Brasil Gouveia

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“É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”. O pensamento de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, vai ao encontro do espírito do serviço público, da prática efetiva em favor do coletivo.

Os servidores públicos são as linhas construtivas de uma sociedade que busca a justiça como um ato de amor e de coragem, sem temor ao debate.

Os servidores fazendários dão exemplo na criação de possibilidades positivas, enfrentando toda sorte de dificuldades na busca incessante por solução aos inúmeros e complexos desafios ao desenvolvimento do nosso Estado.

Ao contrário dos que defendem a precarização do serviço público, iludidos pela falácia do Estado Mínimo, distantes de qualquer razoabilidade, as ações aqui são concretas, como anseia o autor de a “Pedagogia do oprimido”, porquanto inspiradas na dimensão social, ética e crítica-reflexiva, por certo motivadoras das nossas lideranças, multiplicadoras que são do “olhar integral do ser humano” que detêm.

Representantes de uma categoria que defende a tributação justa e solidária, em respeito à capacidade contributiva de cada um, com base nos princípios de direitos humanos, o Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf) quer contribuir para a materialização da nossa resistência.

A pandemia é episódio propício a este novo pensar, na medida em que se faz mister a união de braços, inteligências e corações no propósito de reverter o atual quadro caótico. Somos protagonistas da gestão do Estado.

O Dia do Fazendário – celebrado em 28 de setembro – é demais importante, não apenas para dizer à sociedade do que somos, qual o nosso papel de cobradores de impostos e fiscalizadores da correta aplicação dos recursos pelo governo, mas corroborar a urgente necessidade de fortalecimento das instituições, resguardar o estado de direito democrático, promover a defesa da vida.

Dispomos de meios, somos de luta. “A esperança é um condimento indispensável à experiência histórica”, entende Paulo Freire. Pois que nela busquemos guarida, trabalhando e servindo à sociedade cearense.

Carlos Brasil Gouveia é diretor de Organização do Sintaf Ceará

Fonte: O Povo – Opinião

1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns aos fazendários que lutam coletivamente por melhores dias para todos!
    Parabéns aos nosso Diretor de Organização pela lucidez do texto, e por enaltecer o legado de Paulo Freire!
    Viva o SINTAF! Viva os FAZENDÁRIOS! Viva Paulo Freire!

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