Novos vereadores serão 53% das cadeiras da Câmara da Capital

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A nova conjuntura do Poder Legislativo da Capital reúne candidatos com ideologias políticas distintas

As eleições municipais 2020 trouxeram uma onda de mudanças sobre a Câmara Municipal de Fortaleza. Menos da metade dos vereadores que tinham mandato, 47%, seguirão com o cargo durante os próximos quatro anos. Das 43 cadeiras disponíveis, 23 serão ocupadas por novos parlamentares.

A nova conjuntura indica um cenário polarizado. Candidatos com ideologias políticas bastante distintas serão responsáveis pelo Poder Legislativo da Capital até 2024.

Nomes como o do pastor Ronaldo Martins (Republicanos), candidato eleito com a maior quantidade de votos, além de Priscila Costa (PSC), Carmelo Neto (Republicanos) e Inspetor Alberto (PROS) são fortes representantes da oposição aos atuais líderes municipais.

Ronaldo Martins foi o vereador eleito com mais votos em Fortaleza
Ronaldo Martins foi o vereador eleito com mais votos em Fortaleza (Foto: Arquivo)

Por outro lado, vereadores como Lucio Bruno (PDT), que deve ocupar posição de articulador dos interesses da atual gestão municipal, e Antônio Henrique (PDT), atual presidente da Câmara, representam a força do partido, que se manteve como maior bancada da casa.

O biólogo Gabriel Aguiar (Psol), que ganhou projeção fazendo a defesa das dunas da Sabiaguaba e a assistente social Adriana do Nossa Cara (Psol), que faz parte de um coletivo com outras duas mulheres, mostram o crescimento da representatividade do partido, que não ocupava nenhuma cadeira, e agora terá dois representantes após o resultado das eleições 2020. A causa ambiental e a luta de espaço para minorias estão entre as principais pautas dos novos vereadores do partido.

Em um cenário incerto onde, a dois dias da eleição, metade do eleitorado fortalezense ainda não havia escolhido um candidato para o cargo, apenas dois nomes estavam certos de que ficariam fora da nova formatação: Casimiro Neto (MDB) e Marcio Cruz (PDS). Ambos decidiram por não tentarem uma reeleição. Entretanto, para 47% dos que formam a Câmara Municipal atualmente, a mudança não partiu de uma decisão particular, mas de uma imposição vinda das urnas.

Bá (PP), Benigno Junior (PP), Carlos Mesquita (PDT), Didi Mangueira (PDT), Dr. Eron (PDT), Dr. Porto (PDT), Dummar Ribeiro (PL), Esio Feitosa (PSB), Evaldo Costa (PDT), Edvaldo Lima (PCdoB) Idalmir Feitosa (PSD), Iraguassú Filho (PDT), John Monteiro (PDT), Libania (PL), Maírton Félix (PDT), Marília do Posto (PSB), Odécio Carneiro (SD), Plácido Filho (PSDB), Professor Eloi (PL) e Ziêr Férrer (PDT) não conseguiram votos suficientes para seguirem no cargo até 2024.

As mudanças não foram suficientes para alterar a atual configuração majoritária da Câmara, o PDT segue sendo o partido de maior representatividade, com dez vereadores eleitos. Com a função de legislar e fiscalizar o Poder Executivo, os resultados das urnas mostram que a maior bancada segue favorável ao atual governo municipal, que está representado por José Sarto (PDT).

A nova configuração da Câmara traz um aumento na pluralidade partidária. Nos últimos quatro anos, 15 partidos formavam a totalidade da casa, agora 17 partidos estão representados.

As eleições de 2020 são as primeiras sem as chamadas coligações partidárias para vereadores, o que pode ter tornado o cenário favorável para mudanças. No novo formato, um candidato bem votado consegue eleger apenas representantes de seu próprio partido. O novo cenário também apresentou um aumento da representatividade feminina entre os parlamentares. Atualmente, apenas sete mulheres representavam o gênero na Câmara. A partir de 2021, nove mulheres figurarão como vereadoras.

Fonte: O Povo

1 COMENTÁRIO

  1. Quero só ressaltar, que a vereadora eleita: Adriana do nossa cara, trabalhou na SEFAZ, mais precisamente, no Contencioso Administrativo Trubutário-CONAT, na CEAPL, onde eu também trabalhava sob a supervisão da senhora Francisca Neumann de Araújo, ela como bolsista de ensino médio. Ao fim do contrato, foi efetivada como terceirizada, pois se revelou ótima colaboradora, nessa época começou, com muita dificuldade, a cursar Assistência Social na Fatene. Desde já, demonstrava grande interesse pelo social e iniciava sua militância pela esquerda, pois, como moradora da comunidade do Lagamar, não se conformava com as injustiças sociais. Depois que ela deixou a SEFAZ, soube que se engajou de vez em defender os menos favorecidos. Aí está a resposta, eleita com expressividade de votos.

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