Izolda reforça no STF postura do CE no litígio com o Piauí

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A governadora Izolda Cela (PDT) esteve reunida presencialmente, nesta terça-feira (10), com a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar do litígio territorial envolvendo os estados do Ceará e do Piauí. A ação, em seu segundo mês no comando do Governo do Estado, funciona também como uma demarcação da governadora sobre o empenho a ser empregado por sua gestão nesse tema.

“Nós abrimos um canal de diálogo, e compartilhamos com a ministra a nossa visão sobre o que esse litígio apresenta. A nossa firme determinação é de fazer a defesa para aquilo que nos parece de direito, certo e legítimo, que é defender o nosso povo cearense, e o seu direito de pertencimento ao Estado do Ceará”, disse a governadora Izolda Cela, que estava acompanhada da procuradora-geral do estado, Camily Cruz.

Na semana passada, a governadora já havia se reunido, no Palácio da Abolição, com uma comissão formada por deputados que acompanham o Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará da Assembleia Legislativa (Celditec), além da equipe jurídica e técnica do estado para discutir a situação.

“Caso ocorra o litígio, o prejuízo é incalculável, pois seria um prejuízo de diversas ordens, muito especialmente aquilo que toca as pessoas, na sua história, no seu pertencimento, nas suas raízes, por isso consideramos tanto essa ordem. Mas nós temos a posição de confiarmos no bom senso, naquilo que a realidade evidencia, na possibilidade que o diálogo oferece, além da boa comunicação e boas relações que nós temos, republicanas, e cordiais com o Estado do Piauí, com uma boa possibilidade de resolver isso da melhor maneira possível”, pontuou a governadora.

Após a reunião, Izolda se mostrou otimista quanto à resolução de forma célere e amigável do impasse. “Estou com expectativa positiva, eu vim cumprir um dever que eu considero importante, de uma manifestação, e eu como governadora do estado, preciso compartilhar pontos que eu considero muito relevantes, com relação aquela região que está supostamente em litígio. E também a expressão, e o pedido que chega a mim, e que é meu dever também, em compartilhar o sentimento das pessoas dessas cidades, das comunidades, dos munícipes, das lideranças, então é uma expectativa positiva nesse sentido, de abrir canais de diálogo para uma resolução amigável”, finalizou.

Histórico
A disputa envolve os municípios de Carnaubal, Crateús, Croatá, Granja, Guaraciaba do Norte, Ipaporanga, Ipu, Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará. De acordo com a cartilha, há três séculos o Piauí tenta anexar a Serra da Ibiapaba ao seu território, com a primeira tendo sido feita no ano de 1720, quando o Mestre de Campo das conquistas do Piauhy, Bernardo Carvalho de Aguiar, conseguiu uma Ordem Régia que mandava “anexar a aldeia da Ibiapaba à jurisdição da capitania do Piauí”. Essa Ordem Régia foi revogada pelo rei em 1724, ficando toda a Serra da Ibiapaba em território cearense.

O Estado

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