Com a continuidade da queda nos preços dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aqui na Região Metropolitana de Fortaleza, foi de -0,74% em agosto, segundo mês seguido de deflação. A queda foi maior do que a registrada em julho (-0,65%). No ano, a inflação acumulada é de 4,87% e, nos últimos 12 meses, de 8,89%. Os dados foram divulgados pelo IBGE.
Transportes
O grupo dos transportes (-5,12%) exerceu o maior impacto negativo sobre o índice geral, contribuindo com 1,02 ponto percentual (p.p.). A queda desse grupo foi influenciada principalmente pela retração nos preços dos combustíveis (-14,72%). Em agosto, aqui na RM de Fortaleza, alguns combustíveis, conforme a pesquisa, apontaram as seguintes deflações: gás veicular (-4,66%), óleo diesel (-4,51%) e gasolina (-15,60%). Item com maior impacto negativo sobre o índice geral, a gasolina teve redução de R$ 0,18 por litro nas refinarias no mês passado.
Os preços das passagens aéreas também caíram em agosto (-12,15%), após quatro meses consecutivos de alta. O que se explica pela a sazonalidade.
Habitação e pessoais
No grupo habitação (-1,72%), os preços da energia elétrica residencial (-6,85%) continuaram caindo, variação mais intensa do que no mês anterior (-6,10%). Revelando os efeitos da redução das alíquotas de energia elétrica.
Por outro lado, a alta de 1,21% no grupo de saúde e cuidados pessoais é relacionada aos aumentos dos itens de higiene pessoal (2,22%). Já a maior variação positiva no IPCA de agosto veio do grupo vestuário (1,71%), cujos preços vêm crescendo desde março deste ano. As roupas femininas (1,47%), masculinas (2,35%) e os calçados e acessórios (1,86%) foram as maiores influências no avanço do grupo.
Alta alimentação
Ainda no lado das altas, os preços no grupo alimentação e bebidas (1,08%) contribuíram com o maior impacto positivo para o índice geral deste mês. Itens importantes na mesa das famílias tiveram inflação, como o leite e derivados (6,59%), aves e ovos (1,63%) e panificados (1,14%). Mas também houve queda nos preços dos tubérculos, raízes e legumes (-5,18%), cereais, leguminosas e oleaginosas (-1,06%) e açúcares e derivados (-1,18%). Isso fez com que o resultado da alimentação no domicílio registrasse variação de 1,18%.
A alimentação fora do domicílio avançou 0,74%, com a refeição passando de 0,37%, em julho, para 0,63%, em agosto, e o lanche acelerando de 0,69% para 0,75% nesse período.