O Sudeste representava 61,63% do PIB (produto interno bruto) industrial. Uma década depois caiu para 53,97%. Apesar do recuo, a região tem mais da metade do setor.
De acordo com a CNI, a maior alta na participação ocorreu no Sul, que subiu de 16,94% para 19,40%. No Nordeste houve elevação de 2,06 pontos percentuais, que passou a responder por 12,93% da atividade nacional. Já a indústria no Norte do agora tem 7% do total e o Centro-oeste 6,7%.
“Essa diversificação regional é um movimento positivo, porque observamos o desenvolvimento econômico de outros estados”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele afirma que “a indústria usualmente paga os melhores salários e alavanca outros setores, como o de serviços” .
No recorte por estados, São Paulo viu sua participação encolher 2,88 pontos percentuais. Minas Gerais assumiu a segunda posição do ranking, ultrapassando o Rio de Janeiro. A participação mineira no PIB industrial brasileiro subiu para 10,80%.
Enquanto isso, a fatia fluminense caiu 4,44 pontos percentuais, e agora corresponde a 10,14%. Conforme a CNI, estados produtores de petróleo, como o Rio, estão entre aqueles que tiveram as maiores perdas no período da pesquisa.
A entidade ressalta que o Pará foi a unidade da federação que mais ganhou espaço no setor, com avanço de 1,41 ponto percentual. O resultado pode ser explicado pelo aumento no valor adicionado pela indústria extrativa local, com destaque para a extração de minerais metálicos. A participação paraense pulou de 2,15% para 3,56%.
A pesquisa da CNI leva em consideração informações do Sistema de Contas Regionais, disponibilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Estado