IBGE: desemprego recua e renda volta a subir após dois anos

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A taxa de desemprego recuou para 9,1% no trimestre encerrado no mês de julho, o menor índice da série histórica desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%. Além disso, após dois anos, o rendimento habitual do trabalho voltou a crescer e chegou a R$ 2.693 no trimestre, após sucessivas quedas em razão da inflação alta. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quarta-feira (31).

O resultado está pouco acima das projeções do mercado financeiro (9%). “A última vez que houve crescimento significativo foi há exatos dois anos, no trimestre encerrado em julho de 2020”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

O valor de R$ 2.693 é 2,9% maior do que o verificado no trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril (R$ 2.618), mas está 2,9% abaixo do nível registrado em igual período de 2021 (R$ 2.773).

Segundo o IBGE, o aumento foi puxado pelo rendimento dos empregadores (6,1%, ou mais R$ 369), dos militares e funcionários públicos estatutários (3,8%, ou mais R$ 176) e dos trabalhadores por conta própria (3% ou mais R$ 63).

O número de desempregados no país recuou para 9,9 milhões no trimestre até julho, sendo o menor desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, quando o Brasil atravessava recessão. O dado representa recuo de 12,9%, ou seja, menos 1,5 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior.

No trimestre até abril, a taxa de desemprego estava em 10,5%, ocasião em que o número de desocupados era de 11,3 milhões. A taxa já estava abaixo de 10% no trimestre até junho (9,3%), que marcou a divulgação mais recente do IBGE. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Com relação à quantidade de pessoas ocupadas, os dados chegaram a 98,7 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012 e um avanço de 2,2% (mais 2,2 milhões) se comparado ao trimestre anterior.

Conforme o IBGE, o número de desocupados chegou a romper a faixa dos 15 milhões no começo de 2021, sob efeito da pandemia. O avanço pode ser explicado pelo aumento da vacinação contra a Covid-19 e a reabertura da economia, houve um processo de retorno ao mercado de trabalho. O desemprego, então, passou a ceder.

Fonte: O Estado CE

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