Guedes defende nova CPMF e fim do piso para gastos com saúde e educação

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender hoje a criação de um novo tributo que ele chamou de “alternativo”, nos moldes da extinta CPMF, em troca da desoneração da folha de salários.

O ministro também defendeu a desindexação e a desvinculação do Orçamento, com o fim da regra constitucional que define um piso para investimentos em saúde e educação.

Em uma rápida declaração à imprensa ao lado do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), Guedes classificou emprego e renda e a retomada do crescimento como “prioridades”.

“Queremos desonerar, queremos ajudar a criar emprego, facilitar a criação de empregos? Então vamos fazer um programa de substituição tributária. Da mesma forma, queremos criar renda? Sim (…) Descobrimos 38 milhões de brasileiros, que eram os invisíveis, temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho, então temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos para desonerar a folha e ajudar a criar empregos”, disse o ministro.

O novo tributo estudado pela equipe econômica, mas que ainda não foi detalhado, seria sobre operações de pagamentos, principalmente as digitais. Inicialmente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era contra a criação de um imposto como a CPMF. No ano passado, a ideia levou à queda do então secretário especial de Receita Federal, Marcos Cintra, que defendia a cobrança. Neste ano, porém, o presidente deu sinal verde para que a equipe econômica siga com a ideia.

Promessa de controlar gastos Barros reafirmou o compromisso do governo com o teto de gastos e o rigor fiscal. “Não haverá aumento da carga tributária”, afirmou. Guedes disse ainda que a recuperação do Brasil é em forma de ‘V’, ou seja, a economia teve uma queda acentuada, mas irá retomar um forte crescimento rapidamente. Ele elogiou o trabalho do Congresso durante a pandemia e disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está dando apoio às reformas.

“Já mandou a administrativa, vamos mandar agora a tributária para fazer o acoplamento com as duas que já estão na comissão mista, e o pacto federativo também está entrando. Continuo otimista, acho que o Brasil está reagindo bem, a classe política mostrou que tem decisão e protegeu a saúde e a educação esse ano, sem precisar de nenhuma indexação. Vamos avançar nessas reformas, estamos costurando esses acordos”, disse.

Fonte: UOL

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