Governo propõe reajuste fracionado de 5,8% e sem respeito à data-base

786
A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (24), na sede da SEPLAG

Lideranças do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec) e representantes do governo se reuniram na tarde desta segunda-feira (24), na sede da Seplag, para mais uma rodada da Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP Central). A principal pauta foi a reposição salarial dos servidores, que nos últimos anos (2015-2022) acumularam perdas da ordem de 37,03%.

O dia foi marcado pela manifestação dos servidores estaduais das mais diversas categorias, em frente à sede da Seplag, em ato unificado em defesa da reposição salarial. A MENP, que estava marcada para o período da manhã, só aconteceu às 14h30.

Na ocasião, o Fuaspec apresentou o estudo técnico que aponta as perdas salariais acumuladas, reivindicando a reposição linear para todos os servidores e o respeito à data-base de 1º de janeiro.

Os representantes do governo, no entanto, não reconheceram as perdas inflacionárias e ofereceram um reajuste de 5,8% – sendo 3% no mês de junho, com recebimento em 1º de julho, e 2,8% em outubro, com recebimento em 1º de novembro. “Isto sem cumulatividade e sem retroatividade a 1º de janeiro, conforme data-base determinada pelo Art. 6º da Lei 14.867/2011. Lembrando que a proposta do Fuaspec é de 15% retroativo a janeiro deste ano”, explica o fazendário e pesquisador Lúcio Maia, que participou da reunião como assessor técnico do Fuaspec.

“Rechaçamos a proposta, que nem de longe corresponde à expectativa dos servidores”, afirma a coordenadora-geral do Fuaspec, Ravenna Guimarães. Como encaminhamento, o Fuaspec se reunirá em plenária para elaborar uma contraproposta para o governo. Nova reunião da MENP Central foi agendada para o dia 29 de maio.

Representação do governo

Dentre os presentes, representando o governo estadual, participaram: a secretária do Planejamento e Gestão (Seplag), Sandra Machado; o secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da Sefaz, Saulo Toscano; o assessor especial da Chefia de Gabinete da Casa Civil, Nelson Martins; e o procurador Daniel Menezes (PGE).

Ato em Defesa da Reposição Salarial – 19/Abr/23

9 COMENTÁRIOS

  1. Quando vai acontecer o governo daqui valorizar os funcionários públicos? Os funcionários estão sendo massacrados por esse atual governo. Sou funcionário público há 37 anos. O meu 101 vencimento é 730 reais, muito abaixo do mínimo. Os funcionários tem direito de ser valorizados. Ter o poder de comprar e ser valorizado.

  2. É muito desaforo e vergonhoso uma proposta tão indecente desta com os servidores, acho que uma greve é de bom tamanho, ele verá como funcionam as coisas, as leis só funcionam pra nós, pra eles fazem é piada, uma lástima.

  3. O que ainda não entendo e um governo que diz ser pelo trabalhador, que esculacha com outros governo e quando agente precisa da valorização, faz pior que os governos anteriores.

  4. E o pior governador e nunca vai chegar a ser presidente da República e se encaixa com o ex gov Beto richa que fez um péssimo governo

  5. Sem chance,greve já! Se todos se unirem tenho certeza que a conversa muda,esse governo quer deixar o servidor na miséria!

  6. Um governo que além de não nos pagar o que nos deve , procurou tirar o que pode de algumas vantagens que conquistamos com o tempo. Uma lástima de governo.

  7. Mais um absurdo cometido por Gestores que se dizem “progressistas”, ” aliados do servidor publico ( ativo, inativo, aposentado e/ou pensionista). Em verdade manipulam “maldosamente” as alíquotas de contribuição e as entregam à Instituição Financeira previamente e astutamente em conluio, disposta a gerir esse Caixa e com compromisso de doações para futuras campanhas destes políticos com faces de benfeitores da Sociedade. A informação gera a Ação. Chega de opressão e financiarmos estas “estratégias” espúrias e totalmente desleais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here