Fundo eleitoral e o risco da farra com dinheiro público

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Já está sob a responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um montante de R$ 2 bilhões referente ao Fundo Eleitoral, recurso que será repassado aos partidos políticos para o financiamento – com dinheiro público – das campanhas Brasil afora. Em 15 dias, a Corte vai divulgar a quantia a qual cada legenda terá acesso.

A democracia tem um preço, é verdade. Entretanto, o uso de recursos públicos, num momento em que o País aperta o cinto para tentar fechar as contas da pandemia do coronavírus, que vai deixando cenário de terra arrasada nas contas públicas, é completamente fora de propósito. O financiamento público pode ser uma saída para o sistema político, desde que haja a mínima condição de fiscalização do uso da verba pública, de modo a equilibrar a balança.

A estrutura de fiscalização eleitoral no País é rudimentar e acaba ensejando uma verdadeira farra com uso de dinheiro do contribuinte, sem que haja punição aos que desviam, enganam, burlam e fraudam o sistema. O exemplo de 2018 serve para provar.

Uso de laranjas

Em reportagem publicada, na segunda-feira (2), neste Jornal, as repórteres Alessandra Castro e Jéssica Welma detalham as suspeitas de uso de candidaturas femininas inexpressivas para liberar recursos cujos fins não estão claros. As chamadas candidatas laranjas. Nomes que tiveram menos de mil votos e receberam vultosos recursos dos cofres públicos.

No Ceará, mais de R$ 2 milhões foram liberados para candidaturas com este perfil. Duas delas estão sendo investigadas, mas a passos de tartaruga. Quase dois anos depois da campanha eleitoral de 2018, procedimentos seguem sem prazo para serem concluídos.

Ciro e os dois ‘pts’

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é só elogios ao governador Camilo Santana (PT). Para ele, o chefe do Executivo cearense tem se revelado, crise após crise, uma figura de relevância nacional. Ele fala bem de Rui Costa, o governador da Bahia. Na cabeça de Ciro há dois PTs: o de Lula e um outro onde estão figuras que ele aplaude. Para falar em parceria eleitoral, entretanto, parece que só vai pacote completo.

Novela mexicana

Um grupo de empresários cearenses aguarda desde maio videoconferência com o presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. A última marcação era para hoje, mas até a noite desta terça, nada confirmado. Virou novela.

Testagem em massa é o que vem fazendo o Município de São Gonçalo do Amarante. Com cerca de 48 mil habitantes, a Saúde tem feito uma média de 32,5 testes para cada mil moradores. Esse valor é maior do que a média de países como os Estados Unidos. A taxa de letalidade, diz o coordenador do Comitê de combate à doença, Helder Gurgel, é está bem abaixo da média nacional: 2,3.

Assembleia Legislativa terá sessão virtual, hoje, com mensagens do Governo na pauta. O presidente da Casa, José Sarto, divulgou, nesta terça, que o Legislativo resolveu suspender o recesso parlamentar de julho. A ideia é que a Assembleia esteja a postos para as necessidades do poder público em meio à pandemia. Na quinta, a Casa recebe a secretária Fernanda Pacobahyba, da Fazenda.

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