“Em março, a confiança do setor de serviços intensificou a tendência de queda iniciada nos últimos meses. A piora da satisfação dos empresários e aumento do pessimismo em relação ao curto prazo sinalizam as dificuldades do setor diante o recrudescimento da pandemia, aumento das medidas restritivas e cautela dos consumidores. A distância para os níveis anteriores à pandemia segue aumentando e o cenário de elevada incerteza ainda persiste tornando difícil vislumbrar uma recuperação nos próximos meses enquanto não houver aceleração no processo de imunização e melhora dos números da pandemia”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em março, houve piora em 11 dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 4,2 pontos, para 74,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 6,7 pontos, para 81,3 pontos.
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Com a piora recente, a confiança do setor de serviços está 16,8 pontos aquém do patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
“Depois de registrar recuperação na segunda metade de 2020, a confiança de serviços voltou a apresentar dificuldades no primeiro trimestre de 2021. Entre os principais segmentos, o destaque positivo continua sendo dos serviços de informação e comunicação, que caíram menos no início da pandemia e conseguiram iniciar 2021 em alta. Os demais segmentos principais voltaram a registrar queda trimestral no início desse ano e estão mais distantes do nível pré-pandemia”, ressaltou a nota da FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços subiu 0,8 ponto porcentual, passando de 82,4% em fevereiro para 83,2% em março.
A coleta de dados para a edição de março da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.560 empresas entre os dias 1º e 24 do mês.