Em alta: preços dos alimentos que mais subiram em 2020

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Desde o último sábado (09/10), o consumidor está abastecendo o carro com um preço ainda mais salgado. O aumento anunciado pela Petrobras e que já está sendo repassado ao consumidor, foi de 7,2% em cada produto. Assim, o preço médio da gasolina passou de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,20 por litro.
Puxada por aumentos assim, a inflação está mais uma vez acentuada na vida dos brasileiros. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 10,25% em 12 meses, segundo dados divulgados nessa sexta-feira, 9 pelo IBGE. É a primeira vez que isso acontece desde fevereiro de 2016.

Além da bomba de gasolina, esse aumento é mais sentido no bolso dos consumidores durante as compras nos supermercados. A maior parte dos 50 itens que mais subiram desde setembro de 2020 é encontrada nesses
estabelecimentos.

Embora alguns dos alimentos que mais subiram tenham influência menor no bolso, como é o caso do pimentão, cujo preço quase dobrou, também constam na lista das maiores altas de produtos que pesam nas contas das pessoas: a gasolina, com alta de quase 40%; o gás de cozinha, que ficou quase 35% mais caro; e as carnes em geral, que subiram até 37%.

Para a dona de casa Vera Cavalcante, sucessivos aumentos estão quase insustentáveis. “O brasileiro não suporta mais tanta inflação. Pior é que as projeções futuras não são animadoras. A gente vai ao supermercado e coloca poucas coisas no carrinho e paga um absurdo. É preciso rever isso, pois a população mais pobre deve realmente passar fome com preços tão altos”, disse.

“Precisamos analisar como ocorre a formação desse preço, ou seja, como o preço é composto. Além dos tributos federais e o estadual, tem o custo da distribuição e da revenda. As variações desses itens determinam o quanto vai custar o combustível na bomba. Quando se aumenta o imposto assim, vai refletir no frente dos produtos. Cada vez mais que o litro da gasolina aumenta, o custo da alimentação também sobe. São vários os fatores que acabam contribuindo para o aumento dos preços de algo que é tão importante. Infelizmente o consumidor final acaba sofrendo com esse tipo de aumento porque tudo fica mais caro”, disse o economista do Conselho Regional de Economia do Ceará, Wandemberg Almeida.

CONFIRA 25 ITENS QUE MAIS SUBIRAM EM 12 MESES

Pimentão – 96,34%
Abobrinha – 64,93%
Etanol – 64,77%
Repolho – 57,90%
Passagem aérea – 56,81%
Batata-doce – 54,28%
Pepino – 52,56%
Mandioca – 45,27%
Açúcar refinado – 43,90%
Laranja-lima – 40,25%
Gasolina – 39,60%
Gás veicular – 38,46%
Açúcar cristal – 38,37%
Filé mignon – 37,57%
Gás de botijão – 34,67%
Carne – 34,59%
Material hidráulico – 34,02%
Pneu – 33,14%
Óleo diesel – 33,05%
Óleo de soja – 32,06%
Carne de carneiro – 31,95%
Músculo – 31,30%
Lagarto – 30,81%
Peito – 29,80%
Frango em pedaços – 28,91%

Fonte: O Estado

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