Bolsas mundiais apresentaram ganhos ontem (19), enquanto o dólar recuava diante da maior parte das moedas. Investidores buscavam oportunidades nos mercados de ações enquanto aguardavam decisões sobre juros na Europa e nos Estados Unidos, além de avaliarem a temporada de resultados trimestrais das companhias americanas.
O ambiente internacional favorável ao risco beneficiava papéis depreciados na Bolsa de Valores brasileira, embora a baixa das principais commodities exportadas pelo Brasil impedisse um avanço consistente do Ibovespa. Às 11h35, o índice de referência do mercado acionário doméstico subia 0,85%, a 97.743 pontos. O dólar caía 0,82%, a R$ 5,3810. No mercado de juros, as taxas DI (Depósitos Interbancários) com vencimento em 2023 e em 2024 rondavam o patamar de 14% ao ano.
Negociada entre bancos, essas taxas são referência para o setor de crédito e também demonstram a expectativa do segmento para a alta da inflação e dos juros. No setor de commodities, o preço do barril do petróleo Brent recuava 0,70%, a US$ 105,53 (R$ 582,69). A queda da matéria-prima ocorre após um ganho acumulado de 7% nas duas últimas sessões.
Nos Estados Unidos, o indicador de referência S&P 500 subia 1,35%. Também avançavam os índices Dow Jones (1,40%) e Nasdaq (1,56%). Após o fechamento do mercado, a Netflix divulgará seus resultados do segundo semestre. Na semana que vem, o banco central americano Federal Reserve irá divulgar a nova taxa de juros do país. O mercado espera um aumento de 0,75 ponto percentual, igualando o último aumento. Ainda nesta semana, o Banco Central Europeu também deverá aumentar as taxas de juros pela primeira vez em 11 anos. A reunião da autoridade monetária será na quinta-feira (21).
Ao elevar juros, as principais economias do planeta tentam frear a inflação global provocada pela quebra das cadeias de abastecimento durante a pandemia e agravada pela Guerra da Ucrânia. O efeito colateral do aperto ao crédito, porém, poderá ser uma recessão mundial. O índice Ibovespa subiu 0,38%, a 96.916 pontos. Pela manhã, antes de perder fôlego, o indicador de referência da Bolsa chegou a avançar 1,8%.