Dia da Mulher: Enquanto houver desigualdade, todos os dias devem ser #8M

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Sintaf parabeniza todas as mulheres e celebra conquistas, mas ciente de que ainda há muito a avançar por uma sociedade com mais equidade, respeito e liberdade

A história conta que, em março de 1911, na cidade de Nova Iorque, operárias de uma fábrica têxtil pararam as máquinas e iniciaram uma grande manifestação por melhores condições de trabalho — como redução na carga horária de 16 horas por dia, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. O ato teria sido reprimido de forma violenta e parte das manifestantes trancada dentro da fábrica, que foi incendiada. Cerca de 130 operárias morreram carbonizadas no incêndio.

Esse trágico episódio é apenas um dos vários movimentos de luta das mulheres ao longo da história e passou a ser apontado como uma das datas que deram origem ao Dia Internacional da Mulher. O 8 de março (ou #8M, como vem sendo chamado nos últimos anos) trata-se de uma celebração das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres no mundo inteiro, mas também surge para lembrar que elas ainda sofrem e muito com diferentes tipos de violência, jornadas excessivas de trabalho, menos oportunidades que os homens e mais silenciamento.

No Brasil, somente em 1932, após muitos anos de reivindicações, finalmente foi instituído o voto feminino. As brasileiras puderam votar e conquistaram o direito de se candidatarem a cargos no executivo e legislativo pela primeira vez. Hoje, em 2022, 90 anos depois, a presença feminina na política ainda é ínfima e impede que os direitos das mulheres recebam visibilidade no debate público: mesmo sendo metade da população, somente 12% estão nas prefeituras, 13% nas câmaras de vereadores e 15% em assembleias legislativas, câmara de deputados e senado.

Ainda assim elas estão abrindo espaço e demonstram competência para atuar em qualquer cargo, em todas as instâncias. A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz) é um exemplo disso: Fernanda Pacobahyba é a primeira mulher a assumir o cargo de secretária em mais de 180 anos de existência do órgão.

É preciso dar voz à luta feminina em todos os locais de fala representados no papel de mulheres que seguem a dianteira, inclusive as que estão à frente de movimentos sociais.

O Sintaf parabeniza todas as mulheres pelo seu dia, em especial as fazendárias, e celebra os avanços e conquistas, cientes de que ainda há muito caminho pela frente.

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