Decisões sobre reforma tributária e Renda Cidadã ficam para depois do 2º turno, diz líder do governo

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O líder na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que a ideia é evitar a contaminação das propostas pelo debate eleitoral. Porém, serão menos de quatro semanas até o recesso parlamentar

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou ao Valor PRO (serviço de informações em tempo real do Valor) nesta segunda-feira que as decisões sobre a reformulação do Bolsa Família, a reforma tributária e a PEC Emergencial serão tomadas após o segundo turno das eleições, dia 29 de novembro, para evitar a contaminação das propostas pelo debate eleitoral.

“Vamos fazer isso depois do segundo turno porque se nós provocarmos o debate antes da hora, durante a eleição, teremos os mesmos posicionamentos eleitorais”, disse Barros. Na opinião dele, os parlamentares podem ser instados a criticar as propostas por seus aliados que disputam a eleição e depois será difícil reverter esse posicionamento. “A eleição é daqui 10 dias, o Brasil tem que resolver [problemas] de longo prazo”, minimizou.

Havia expectativa entre os parlamentares de que as propostas de reformas mais amplas seriam retomadas depois do primeiro turno das eleições, após a maioria dos prefeitos e vereadores ter concluído suas campanhas, para que desse tempo de votar todos os projetos. Cerca de 50 cidades, das mais de 5,5 mil, terão segundo turno para prefeito.

Mas, segundo Barros, o governo aguardará até dezembro para voltar a debater com os aliados e tornar públicas suas propostas. Nas duas semanas até o segundo turno, a ideia é votar medidas provisórias (MP) e as mudanças nas regras para cabotagem (navegação costeira). Com o adiamento, porém, haverá menos de quatro semanas até o recesso parlamentar.

Essas propostas todas têm pontos polêmicos. No caso da reforma tributária, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende priorizar, o Executivo cogita propor um imposto sobre movimentações financeiras com o objetivo de diminuir os encargos sobre a folha de salários. A reformulação do Bolsa Família, se mantida, exigirá corte de gastos em outras áreas, como programas sociais. E a PEC Emergencial impõe medidas de corte de despesas, como redução de salários, para abrir espaço para outros gastos (como o novo Bolsa Família).

Fonte: Valor Econômico

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