Comércio eletrônico cresce 19,4% no primeiro trimestre do ano

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Dados da consultoria Ebit Nielsen apontam que, o comércio eletrônico faturou R$ 87,4 bilhões, no ano passado, uma alta de 41% sobre 2019. Só no primeiro trimestre de 2021, o faturamento cresceu 38,2% em relação ao mesmo período de 2020, para R$ 22,6 bilhões. Nesta comparação trimestral, o número de pedidos avançou 19,4%, para 46,3 milhões, enquanto o tíquete-médio subiu 15,8%, para R$ 488.

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Sites de busca e as redes sociais são o principal caminho para iniciar as compras, diz a consultoria. No ano passado, por exemplo, 29% das compras online de roupas e calçados começaram em redes como Instagram e Facebook. O mesmo aconteceu em 27% dos pedidos de alimentos e 22% de perfumaria.

Por outro lado, entre maio de 2020 e abril de 2021, os shoppings amargaram uma queda de 43,3% nas visitas e de 21,3% nas vendas, segundo a pesquisa IPV – Índices de Performance do Varejo, da FX Data Intelligence.
Na opinião do consultor em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, o setor de shoppings vive uma situação desafiadora, porque tem boa parte das suas vendas baseadas na compra por impulso.

O recuo nas vendas durante a pandemia não foi ainda maior porque os varejistas de shopping têm partido para a venda digital na tentativa de minimizar os prejuízos, diz o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail.
“Na internet, o shopping perde a venda por impulso”, diz Vander Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan. “O setor precisa do avanço na vacinação para o público voltar”, diz ele. Em março, a Multiplan lançou uma campanha, estrelada pela atriz Glória Pires e pelo apresentador Evaristo Costa, convidando os consumidores a voltar aos shoppings, apresentando o ambiente como seguro e controlado.

A campanha encomendada pela Multiplan -que tem na carteira 19 empreendimentos, como Morumbi Shopping (SP), VillageMall (RJ), Park Shopping (DF) e Pátio Savassi (MG)- procurou mostrar aos consumidores que a vida está voltando ao normal, diz Giordano. “O tempo médio de permanência do público em nossos shoppings diminuiu: era de uma hora antes da pandemia, caiu para meia hora e agora está em 40 minutos”, afirma.

Folha Press

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